O Tribunal de Sintra decidiu, esta segunda-feira, levar José Castelo Branco a julgamento pelo crime de violência doméstica contra Betty Grafstein, joalheira americana de 96 anos e ainda esposa do socialite. Segundo o ‘Correio da Manhã’, Betty quer ser ouvida, pelo que, considerando a idade avançada da vítima, o processo tem de decorrer com alguma rapidez.
No passado dia 5, decorreu o debate instrutório do processo, requerido pela defesa de Castelo Branco, que procurou evitar que o caso avance para julgamento. O arguido, de 62 anos, não esteve presente na sessão, permanecendo em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
O principal objetivo da defesa foi convencer a juíza de instrução criminal da alegada insuficiência de provas. O advogado Fernando Silva afirmou não contestar os depoimentos dos profissionais de saúde do hospital de Cascais, que fizeram a denúncia inicial, mas sublinhou, segundo o ‘Correio da Manhã’, que “não há qualquer perícia que confirme as agressões”. Para o representante legal de José Castelo Branco, “não existe prova factual que justifique levar o caso a julgamento”.
Do lado da assistente, a posição é oposta. Alexandre Guerreiro, advogado de Betty Grafstein, considerou que o debate instrutório “reforçou as condições para o processo seguir para julgamento”. Foi mais longe nas críticas, classificando os argumentos da defesa como “uma falta de respeito pelas vítimas de violência doméstica”.
A sessão ficou marcada pela troca acesa de posições entre os advogados, revelando o clima de tensão em torno de um caso mediático que tem acompanhado Betty Grafstein desde as denúncias de alegadas agressões feitas no hospital de Cascais.














