JMJ: Governo condena “invasão” a missa da comunidade LGBTI+ e apela ao respeito

No âmbito de várias notícias e relatos de participantes que dão contas de um clima de hostilidade para com as pessoas LGBTQI+ em alguns episódios ocorridos durante a JMJ, o Governo apelou hoje “ao respeito pelos direitos humanos das pessoas LGBTI+ e ao princípio da igualdade, tal como previsto no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa”.

Pedro Gonçalves
Agosto 4, 2023
17:28

No âmbito de várias notícias e relatos de participantes que dão contas de um clima de hostilidade para com as pessoas LGBTQI+ em alguns episódios ocorridos durante a JMJ, o Governo apelou hoje “ao respeito pelos direitos humanos das pessoas LGBTI+ e ao princípio da igualdade, tal como previsto no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa”.

Em nota de imprensa, a Secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, recorda a missa direcionada para a comunidade LGBTI+ na igreja da Ameixoeira, em Lisboa, que foi invadida por um grupo de jovens católicos conservadores, que interromperam a cerimónia.

Nas redes sociais ficou também infame o caso de uma pessoa trans que levou a bandeira para o Parque Eduardo VII e acabou abordada por um grupo de peregrinos que exigia que a bandeira não tinha lugar ali. Tudo aconteceu ainda antes do Papa Francisco proclamas, na cerimónia de acolhimento, que a Igreja estava aberta “para todos, todos todos”, e que “Deus, não aponta, mas abre os braços”, como Jesus na cruz.

“Tendo em conta que infelizmente não se tratou de um episódio único nesta Jornada Mundial da Juventude – que convoca todas as pessoas para um desígnio comum no combate ao discurso de ódio e à violência contra todas as pessoas -, torna-se importante recordar que as pessoas LGBTI+ são dos grupos de pessoas mais estigmatizadas e alvo de episódios de violência, com base na orientação sexual, identidade e expressão de género e características sexuais (OIEC), tal como dá conta, designadamente, a agenda mediática”, indica Isabel Almeida Rodrigues.

Assim, é deixado um pedido para a “consciencialização social”, de forma a garantir que todas as pessoas possam viver em segurança e liberdade.

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