Itália, Tunísia, Argélia e Grécia: incêndios nos países mediterrânicos já provocaram 40 mortos

Chamas não têm dado descanso aos bombeiros

Francisco Laranjeira
Julho 26, 2023
11:31

Os incêndios florestais nos países mediterrânicos já provocaram a morte de pelo menos 40 pessoas: as chamas na Grécia, Argélia, Tunísia e Itália não têm dado descanso aos bombeiros e as autoridades argelinas deram conta de pelo menos 34 vítimas, entre as quais 10 soldados.

Na província costeira de Bejaia, a leste da capital Argel, tem sido a área mais atingida pelo fogo – numa operação de resgate, 10 soldados ficaram cercados pelas chamas e perderam a vida. Desde o passado domingo, o combate aos incêndio está a ser feito por perto de 8 mil pessoas, centenas de autotanques e aeronaves. Já na Tunísia, as chamas obrigaram à retirada de mais de 300 pessoas da vila costeira de Melloula.

A Europa atravessa também um mar de chamas, em particular nas ilhas gregas de Corfu e Evia, que obrigou as autoridades gregas a preparar mais voos para evacuar pessoas da ilha de Rodes – foram retiradas mais de 20 mil pessoas das casas e resorts nos últimos dias da ilha. Para esta quarta-feira, o Ministério da Proteção Civil da Grécia alertou para um “perigo extremo” de incêndio em seis das 13 regiões do país. Na ilha de Evia, dois pilotos morreram quando o avião de combate Canadair caiu perto da cidade de Karystos. Foi também encontrado um corpo carbonizado de um homem numa cabana rural.

Kyriakos Mitsotakis, primeiro-minsitro grego, frisou que o seu país é um dos que está na linha de frente do combate às alterações climáticas. “Vou afirmar o óbvio: diante do que todo o planeta está a enfrentar, o Mediterrâneo é um ponto crítico das alterações climáticas. Não há mecanismo de defesa mágico. Se houvesse, tê-lo-íamos implementado”, referiu.

Em Itália, os incêndios propagam-se na Sicília, o que obrigou ao encerramento do aeroporto de Palermo. Pelo menos quatro pessoas morreram nos incêndios florestais – um casal de 70 anos foi encontrado sem vida numa casa em Palermo, assim como uma mulher de 88 anos. Na Calábria, no leste da ilha, um homem de 98 anos não resistiu às chamas.

“Vivemos um dos dias mais complicados das últimas décadas, – tempestades, tornados e granizo no norte, e calor escaldante e incêndios devastadores no centro e no sul de Itália”, indicou o ministro italiano da Proteção Civil, Nello Musumeci. Em Milão, um temporal foi responsável pela morte de duas pessoas.

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