As negociações entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo e um acordo de troca de reféns vão ser retomadas esta terça-feira, no Cairo, no Egito.
As conversas entre Israel e o Hamas estão sem avanços há meses, e ambas as partes não conseguiram chegar a um acordo sobre as principais exigências.
Recorde-se que o Egito apresentou, na passada quinta-feira, a Israel uma nova proposta para um cessar-fogo na Faixa de Gaza que “inclui concessões sobre o número de reféns vivos a libertar” pelo Hamas, embora sem especificar quantos. Em declarações à agência noticiosa espanhola ‘EFE’, a fonte sublinhar tratar-se da mesma proposta em três fases sobre a qual os mediadores – Egito, Qatar e Estados Unidos – têm trabalhado nas últimas semanas, até que as negociações pararam no passado dia 9.
No entanto, o novo projeto aumenta o número de reféns israelitas que o Hamas libertará com vida em troca da implementação de uma “calma permanente” no enclave palestiniano durante a segunda fase do acordo, embora a fonte não tenha pormenorizado o novo número de reféns que o grupo islamita se propõe libertar, que era anteriormente de 33.
O acordo estipula uma pausa de três fases de 42 dias cada, que levaria à troca de reféns por prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas, à retirada israelita de Gaza e a uma “calma sustentável” na Faixa, bem como a um aumento da ajuda humanitária aos civis de Gaza, entre outros pontos.
Segundo a fonte egípcia, o Hamas exige em troca a “cessação das operações militares e hostis” que conduzam a uma “calma permanente”, que deverá entrar em vigor “antes do início da troca de detidos e prisioneiros entre as duas partes”, bem como a “retirada completa das forças israelitas da Faixa de Gaza”.
A proposta prevê ainda uma terceira fase de 42 dias que inclui a “troca dos corpos e restos mortais dos falecidos de ambas as partes, depois de os terem encontrado e identificado”, bem como a implementação do “plano de reconstrução da Faixa de Gaza por um período de três a cinco anos”.
Este plano inclui a reconstrução de “habitações, instalações civis e infraestruturas”, além da “indemnização de todas as pessoas afetadas, sob a supervisão de vários países e organizações, incluindo o Egito, Qatar e Nações Unidas”, uma vez “terminado o cerco total à Faixa de Gaza”.














