O número de ações de insolvência em Portugal registou um aumento de 8% até ao final de agosto face ao mesmo período de 2024, segundo dados da Iberinform. Apenas em agosto foram contabilizadas 154 empresas insolventes, mais 29 do que no ano anterior, representando um crescimento mensal de 23%.
As insolvências declaradas pelas próprias empresas subiram 29%, totalizando 655 processos, enquanto as requeridas por terceiros aumentaram 25%, com 541 registos. Em contrapartida, os encerramentos com plano de insolvência diminuíram 44%, envolvendo menos 10 empresas face a 2024. No total, 1.190 empresas foram oficialmente declaradas insolventes, menos 60 do que no ano passado, mas o acumulado de ações de insolvência até agosto é 8% superior ao de 2024, com mais 179 processos.
Os distritos do Porto e Lisboa concentraram o maior número de insolvências nos primeiros oito meses do ano, com 604 e 561 empresas, respetivamente, ambos registando um aumento de 15% face a 2024. Entre os distritos com maior crescimento destacam-se Castelo Branco (+36%), Viana do Castelo (+32%), Leiria (+30%), Bragança (+29%) e Faro (+24%). Os maiores decréscimos foram observados na Madeira (-37%), Beja (-31%), Guarda (-25%) e Viseu (-22%).
Por setores de atividade, a Agricultura, Caça e Pesca registou um aumento de 69% nas insolvências, seguida das Telecomunicações (+67%) e Transportes (+32%). O setor da Eletricidade, Gás e Água apresentou a maior redução, com uma queda de 50%.

Constituição de empresas desacelera
Apesar da subida das insolvências, as constituições de novas empresas mantêm um crescimento ligeiro. Em agosto de 2025 foram criadas 2.550 empresas, menos 24% face ao mesmo mês do ano passado (3.338). No acumulado até agosto, registou-se uma ligeira subida de 0,9%, com 35.537 novas empresas constituídas.
Lisboa manteve-se como o distrito com maior número de constituições, com 10.904 empresas, uma diminuição de 1,3% face a 2024, enquanto o Porto registou 6.130 novas empresas, um aumento de 2,3%. Os maiores acréscimos ocorreram em Viseu (+20%), Ponta Delgada (+13%) e Évora (+12%), enquanto Horta (-18%) e Angra do Heroísmo (-14%) registaram as maiores quedas.
No plano sectorial, o maior crescimento verificou-se na Agricultura, Caça e Pesca (+22%), seguida da Construção e Obras Públicas (+14%). Já os setores das Telecomunicações e dos Transportes apresentaram decréscimos de 30% e 24%, respetivamente.













