Hospitais do SNS têm mais de 2 mil doentes internados após alta médica devido a falta de resposta de lares e cuidados continuados

Ao todo, são 2.164 pessoas nesta situação, com as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte a sentirem o maior impacto da ausência de respostas a utentes que já tiveram alta clínica

Revista de Imprensa
Maio 22, 2024
8:47

Os hospitais do SNS têm, até ao passado dia 20 de março, mais de 2 mil pessoas internadas de forma inapropriada, denuncia esta quarta-feira o ‘Barómetro de Internamentos Sociais’, publicado no jornal ‘Público’.

Ao todo, são 2.164 pessoas nesta situação, com as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte a sentirem o maior impacto da ausência de respostas a utentes que já tiveram alta clínica.

De acordo com o relatório da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), são 11,1% dos doentes internados, um aumento de 10,7% face aos dados do último barómetro, que totalizou 1.955 internados apropriadamente.

“Os dados do barómetro confirmam o que temos visto na prática e o que nos têm dito as assistentes sociais e os médicos de medicina interna: este fenómeno está a piorar”, refere Xavier Barreto, presidente da APAH. “Quando discutimos a situação de doentes acumulados nas urgências, estamos a falar muitas vezes deste tipo de causas, que dificultam o fluxo de doentes.”

A nível nacional, indica o barómetro, a falta de resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados é responsável por 44% dos internamentos inapropriados, seguida da espera por uma resposta numa estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI), responsável por 30%. É justamente a falta de resposta em lares que “representa o principal motivo do número de dias de internamentos inapropriados”, frisa o relatório.

O número de dias de internamento inapropriado é elevado: a demora média nacional foi de 175 dias por episódio, o que se traduzi num total de 378.068 dias contabilizados até 20 de março – mais 13% do que o último barómetro.

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