A heroína continua a ser a droga ‘de eleição’ dos consumidores de drogas injetáveis: no entanto, há mais de 50 substâncias psicoativas consumidas, revelou esta terça-feira um estudo do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependências, citado pelo jornal ‘Público’, que recorreu à análise química do conteúdo das seringas usadas e recolhidas em programas de redução de riscos.
O estudo decorreu em várias cidades europeias e concluiu que existem grandes proporções de estimulantes e opiáceos sintéticos, bastante potentes, entre as 54 substâncias detetadas, cuja variedade é própria das diferenças de mercado em cidades como Atenas, Budapeste, Colónia, Dublin, Helsínquia, Midlands (Irlanda), Praga, Riga, Tallinn, Tessalónica, Vilnius, Oslo, Odessa e Tunes, o que explicou que tenham sido encontrados resíduos de buprenorfina ou metadona (ambos utilizados no tratamento da dependência) e, em outras, tranquilizantes veterinários.
Os dados foram recolhidos entre 2021 e 2022 e permitem estabelecer ligações: a combinação mais frequente de produtos na mesma seringa é a que junta um estimulante a um opiáceo – em cerca de um terço das seringas havia resíduos de duas ou mais substâncias que indiciam que os consumidores misturaram várias drogas e as mesmas foram reutilizadas por outra pessoa.
A utilização de drogas injetáveis tem vindo a diminuir na União Europeia – o relatório estimou em 500 mil os europeus que consumiram drogas ilícitas injetáveis em 2022.













