Há cerca de 74 mil doentes à espera de uma operação para lá do tempo máximo previsto por lei

Em julho último, havia quase 270 mil pacientes à espera de uma cirurgia, sendo que mais de um quarto (27,5%) destes, mais de 74 mil pessoas, já ultrapassaram o tempo máximo de resposta definido na lei, o que representa um agravamento (0,3%) face a 2023

Revista de Imprensa
Agosto 22, 2024
9:23

Até julho, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) bateram novos máximos, com mais cerca de 37 mil cirurgias do que em igual período do ano passado. Foram operados 466.668 doentes, de acordo com o jornal ‘Público’, mas ainda assim a lista cirúrgica aumentou.

Em julho último, havia quase 270 mil pacientes à espera de uma cirurgia, sendo que mais de um quarto (27,5%) destes, mais de 74 mil pessoas, já ultrapassaram o tempo máximo de resposta definido na lei, o que representa um agravamento (0,3%) face a 2023.

“Nunca se realizaram tantas cirurgias no SNS. Relativamente ao mesmo período de 2023, registou-se um crescimento de 8,5%, ou seja, quase mais 40 cirurgias. Um valor recorde”, destacou o Ministério da Saúde ao jornal diário.

O aumento do número de doentes acima do tempo máximo de resposta deve-se, de acordo com o Governo, ao “maior número de inscritos para cirurgia”.

Os resultados não surpreenderam Xavier Barreto. “Logo que o Governo tomou posse e começou a ser anunciado o plano de emergência, com todas aquelas medidas urgentes, tentámos baixar as expectativas e alertámos sempre que muitas das coisas que estavam a ser ditas não eram realistas. Podemos ter a melhor intenção do mundo, mas os fatores que fazem a diferença, nomeadamente os recursos humanos, e a nossa capacidade de os influenciar no SNS, é muito limitada. Os médicos não brotam do chão por geração espontânea. Muitos deles demoram 12 anos a formar”, sustentou o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).

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