Os esquemas de cibercrime continuam a evoluir e a ganhar sofisticação, mas por vezes os métodos utilizados são surpreendentemente simples. Segundo alerta o ‘elEconomista’, há uma nova forma de fraude telefónica a circular que está a permitir a clonagem de vozes com o objetivo de autorizar transações financeiras fraudulentas, firmar contratos falsos ou até usurpar identidades.
A técnica em causa baseia-se na gravação da voz da vítima durante uma chamada telefónica. O truque pode começar de forma aparentemente inofensiva: uma chamada sem som do outro lado da linha, ou uma abordagem de alguém que se faz passar por uma empresa ou entidade legítima. O objetivo é induzir a pessoa a pronunciar uma de três palavras-chave, que depois serão utilizadas de forma manipulada.
As palavras que devem ser evitadas nestas situações são: “Sim”, “OK” e “Aceito”. Segundo especialistas em cibersegurança, estas expressões podem ser suficientes para alimentar sistemas de inteligência artificial que replicam a voz da vítima com um grau de fidelidade preocupante, permitindo assim validar operações sem o consentimento real da pessoa visada.
As autoridades e entidades de defesa do consumidor alertam para a necessidade de reforçar os cuidados com chamadas não solicitadas. Recomenda-se que os utilizadores nunca partilhem informações sensíveis por telefone, especialmente dados bancários ou palavras-passe, e que desliguem imediatamente se suspeitarem de qualquer comportamento estranho durante a chamada. Confirmar a identidade de quem liga e contactar diretamente a instituição alegada antes de tomar qualquer decisão são medidas fundamentais para evitar ser enganado.














