Centenas de polícias espalharam-se pelo norte de França numa verdadeira caça ao homem ao fugitivo, conhecido como ‘A Mosca’, esta quarta-feira, um dia depois de ter sido retirado de uma carrinha celular por homens armados, num ataque que resultou na morte de dois guardas prisionais.
De acordo com o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, França mobilizou recursos sem precedentes para capturar o grupo armado, incluindo assistência de países estrangeiros: foram destacados 450 oficiais para a região de Eure, onde ocorreu o ataque.
“Estamos a investir recursos consideráveis, estamos a fazer muitos progressos”, salienta, em declarações à rádio ‘RTL’.
Em França, milhares de guardas prisionais encenaram um encerramento simbólico de 24 horas nas prisões em apoio aos seus colegas assassinados, tendo cumprido um minuto de silêncio em homenagem.
De acordo com os partidos da oposição, a ousadia do ataque mostrou que o Governo centrista perdeu o controlo sobre o crime relacionado às drogas. “Estamos no caminho da ‘mexicanização'”, acusa Bruno Retailleau, líder do principal partido de oposição de centro-direita no Senado francês. “As prisões são peneiras. Os traficantes administram os seus negócios de tráfico de drogas na prisão.”
Conhecido como ‘A Mosca’, o fugitivo Mohamed Amra tem 30 anos e é natural do norte da França, segundo a promotoria de Paris. De acordo com fontes policiais, estava envolvido no tráfico de drogas. Foi condenado por roubo por um tribunal em Evreux no passado dia 10 e estava detido na prisão de Val de Reuil. Também foi indiciado por promotores em Marselha por um sequestro que resultou em morte, afirmou.
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