Ex-advogado admite que roubou 30 mil dólares à empresa de Trump

Michael Cohen, ex-advogado e braço direito do ex-presidente norte-americano Donald Trump, reconheceu segunda-feira, durante o julgamento criminal do magnata republicano, que roubou 30 mil dólares à Trump Organization.

Executive Digest com Lusa
Maio 21, 2024
7:26

Michael Cohen, ex-advogado e braço direito do ex-presidente norte-americano Donald Trump, reconheceu segunda-feira, durante o julgamento criminal do magnata republicano, que roubou 30 mil dólares à Trump Organization.

Oantigo braço direito de Trump foi hoje interrogado pelo terceiro dia pelo advogado do ex-presidente, Todd Blanche, bem como novamente pela acusação.

Cohen admitiu, perante as perguntas do procurador, que se sentia mal pago pelos serviços prestados: “Fiquei irritado com a redução do meu bónus, por isso senti que era quase como uma autoajuda”, justificou no depoimento, em declarações que podem contribuir para minar a sua credibilidade.

Na semana passada, Cohen testemunhou que Trump o ordenou a pagar 130 mil dólares para silenciar, durante a campanha presidencial de 2016, Stormy Daniels, uma estrela pornográfica que afirma ter tido um caso com Trump em 2006.

Cohen detalhou como Trump o reembolsou mais tarde pelas suas despesas.

Blanche tentou ‘quebrar’ Cohen em diversas ocasiões, questionando a sua versão e procurando tornar menos claro o cronograma do pagamento pelo encobrimento do caso extraconjugal, noticiou a agência Efe.

Com este objetivo, o advogado questionou Cohen repetidamente sobre as datas e chamadas dos principais dias em que foram feitos pagamentos à atriz pornográfica.

O antigo braço direito de Trump contou como, com a permissão do republicano, fez um pagamento à RedFinch, empresa que foi contratada para manipular uma sondagem ‘online’ sobre os empresários mais proeminentes do século, para que Trump aparecesse no ‘Top 10’.

A Trump Organização à empresa 50 mil dólares, mas Cohen pagou apenas 20 mil dólares – também o fez usando dinheiro “num saco de papel pardo” – e ficou com o resto, explicou primeiro à defesa.

E posteriormente questionado sobre os motivos, neste caso pelo Ministério Público, justificou-se no depoimento: “Fiquei irritado com a redução do meu bónus, então senti que foi quase como uma autoajuda”.

Trump está a ser julgado por 34 falsificações de documentos contabilísticos alegadamente utilizados para ocultar um pagamento de um escândalo sexual que terá ocorrido antes da campanha presidencial de 2016.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.