A recente decisão da União Europeia de Radiodifusão (EBU) de proibir bandeiras da União Europeia (UE) durante a final do Eurovisão deste sábado gerou considerável controvérsia política e reações intensas de várias partes interessadas.
O vice-Presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, expressou forte desaprovação, descrevendo a medida como um presente para “os inimigos da Europa”. Em entrevista ao Brussels Playbook do Politico, Schinas destacou sua perplexidade com a decisão da EBU, especialmente dada a proximidade das eleições europeias e os recentes eventos em Tbilisi, onde manifestantes pró-democracia se reuniram em apoio aos valores europeus. Schinas anunciou que vai procurar explicações adicionais e clarificações sobre o tema em discussões futuras com a administração da EBU.
Da mesma forma, um porta-voz da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também criticou a proibição das bandeiras da UE, descrevendo-a como “lamentável” e sublinhando o simbolismo da bandeira da UE como representante de todos os Estados membros e dos seus valores partilhados.
“É certamente lamentável proibir a bandeira que é a bandeira de todos os membros da UE e de outros membros do Conselho da Europa que participam no concurso e que muitas vezes voa ao lado bandeiras nacionais em edifícios públicos”, reforçou a fonte.
Ao mesmo tempo, a EBU defendeu sua política sobre as bandeiras, afirmando que seguia as diretrizes estabelecidas no ano anterior, que permitiam apenas bandeiras dos países participantes e bandeiras do arco-íris/orgulho LGBTI. No entanto, imagens do evento do ano passado mostram claramente a presença de muitas bandeiras da UE na plateia.
“A menos de um mês das eleições europeias, quem ganha com a proibição da bandeira da UE na Eurovisão? Apenas os eurocéticos e os inimigos da Europa”, resumiu Schinas.














