EUA ordenam a recusa de vistos a estrangeiros com obesidade ou doenças graves

Departamento de Estado dos EUA enviou uma nova diretiva a funcionários de embaixadas e consulados, ampliando a lista de condições médicas que tornariam um estrangeiro inelegível para residir no país

Francisco Laranjeira
Novembro 14, 2025
11:59

A Casa Branca ordenou às autoridades de imigração que neguem vistos a estrangeiros com problemas de saúde como obesidade ou doenças crónicas ou graves, como cancro, que possam representar um ónus para os EUA, indicou esta sexta-feira o portal de notícias especializado ‘KFF Health News’.

O Departamento de Estado dos EUA enviou uma nova diretiva a funcionários de embaixadas e consulados, ampliando a lista de condições médicas que tornariam um estrangeiro inelegível para residir no país.

Recorde-se que os EUA têm vindo a impor verificações de saúde aos solicitantes de visto há décadas com o objetivo de prevenir práticas fraudulentas, especificamente o tratamento de doenças no país e a saída sem o pagamento dos custos.

A diretiva insta os funcionários responsáveis ​​pelos vistos a considerarem doenças como a obesidade, que pode causar asma, apneia do sono e hipertensão, ou diabetes, entre outras condições, ao negarem pedidos. “Todas essas doenças podem exigir cuidados médicos dispendiosos e prolongados”, afirma a diretiva.

Nesse sentido, as autoridades são instadas a determinar se os candidatos possuem recursos para arcar com o tratamento médico sem auxílio do governo dos EUA.

Desde o seu primeiro mandato (2017-2021), o presidente Donald Trump tem insistido em negar residência permanente a pessoas que se possam tornar um encargo público. A Administração Biden (2021-2025) revogou várias das novas regras emitidas pelo primeiro Governo republicano, regras que a Casa Branca agora está a retomar como parte da sua política de imigração.

A nova ordem também procura tornar inelegível para entrada nos EUA qualquer pessoa que, devido à sua idade, possa ter maior probabilidade de depender de assistência social. A ordem também recomenda que se leve em consideração a saúde dos familiares, incluindo filhos e pais idosos dos solicitantes.

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