EUA e China reúnem-se hoje em Genebra para discutir riscos e ameaças da IA

Os Estados Unidos e a China vão reunir-se esta terça-feira em Genebra para discutir, pela primeira vez, questões sobre Inteligência Artificial (IA) num encontro que reflete a crescente preocupação global com os riscos associados a esta tecnologia emergente.

Pedro Gonçalves
Maio 14, 2024
7:15

Os Estados Unidos e a China vão reunir-se esta terça-feira em Genebra para discutir, pela primeira vez, questões sobre Inteligência Artificial (IA) num encontro que reflete a crescente preocupação global com os riscos associados a esta tecnologia emergente.

As Autoridades dos EUA enfatizaram que as políticas de Washington não estarão em negociação, destacando a importância de explorar formas de mitigar tais riscos.

“Esta é a primeira reunião deste tipo. Portanto, esperamos ter uma discussão sobre toda a gama de riscos, mas não adiantaríamos quaisquer detalhes neste momento”, indica fonte governamental à Reuters

A administração do Presidente Joe Biden tem procurado envolver a China em diversos assuntos para reduzir a falta de comunicação entre os dois países, e a inteligência artificial tornou-se um ponto crucial nesta agenda. Em abril, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, concordaram realizar as primeiras conversas bilaterais formais sobre o tema, reconhecendo a necessidade de abordar questões de segurança e regulamentação.

O Departamento de Estado tem pressionado a China e a Rússia para adotarem declarações semelhantes às dos EUA, que enfatizam que apenas seres humanos – e não inteligência artificial – devem tomar decisões sobre a implantação de armas nucleares. Esta medida destaca a importância de evitar que a IA seja utilizada de forma descontrolada em áreas sensíveis, como a segurança nacional.

A reunião em Genebra marca um passo importante nas relações entre os dois países no que diz respeito à inteligência artificial. No entanto, os EUA deixaram claro que este diálogo não visa promover colaborações técnicas ou cooperar em investigações de ponta, mas sim comunicar diretamente as preocupações dos Estados Unidos em relação aos riscos associados à IA.

A delegação dos EUA será composta por representantes da Casa Branca e dos Departamentos de Estado e Comércio, demonstrando o empenho do governo Biden em abordar esta questão de forma abrangente.

Paralelamente, o Senado dos EUA planeia emitir recomendações nas próximas semanas para abordar os riscos da IA, destacando a necessidade de liderança e regulamentação eficaz nesta área.

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