O Estado já notificou 1.283 operadores ilegais de jogo online para encerramento da atividade: foram também bloqueados 2.017 sites de operadores ilegais, sendo que o regulador dos jogos e apostas online enviou 33 processos para o Ministério Pública para a instauração de processos-crime.
De acordo com o ‘Jornal de Notícias’, desde que o jogo online foi legalizado em 2015, as apostas renderam mais de mil milhões de euros aos cofres públicos, sendo que as entidades exploradoras faturaram mais 30% nos primeiros seis meses do ano face ao período homólogo de 2023 – o número de jogadores, assim como os autoexcluídos, continuam a crescer, assim como as práticas à margem da lei.
Por ser mais cómodo, mais fácil e somente à distância de um click, as modalidades online têm multiplicado os proveitos para o Estado ano após ano: a receita do imposto especial de jogo online (IEJO) rendeu 522,7 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2024 e 1,1 mil milhões desde 2016 – ou seja, 373 mil euros diários para o Estado.
No primeiro semestre deste ano, a receita bruta com apostas online foi de 522,7 milhões de euros, o que atira o total, em nove anos, para 3,4 mil milhões de euros de ganhos para os operadores: do total, mais de metade (60,5%) corresponde aos jogos de fortuna ou azar, como jogos de casino, e 39,5% a apostas desportivas à cota. O volume de jogo neste tipo de apostas diminuiu 111,6 milhões de euros no 2º trimestre do ano em relação ao registado no anterior.
O Porto (21,2%) é o distrito onde existem mais jogadores, seguindo-se Lisboa (21,1%), Setúbal (8,7%), Braga (8,6%) e Aveiro (7,4%). A maioria tem nacionalidade portuguesa, mas também há registo de outros países, sobretudo do Brasil, Cabo Verde, Nepal e Angola. Por último, o número de autoexluídos aumentou de 215 mil para 256,9 mil indivíduos.
