Esta noite não perca o mais brilhante espetáculo celeste do ano: ‘Lua do Castor’ vai surgir maior do que nunca

De acordo com a agência americana, a superlua ocorre quando a lua cheia coincide com o ponto mais próximo da sua órbita em relação à Terra, conhecido como perigeu

Pedro Gonçalves
Novembro 5, 2025
7:45

O céu noturno de novembro vai oferecer esta quarta-feira um dos espetáculos mais impressionantes do ano: a superlua, também conhecida como “Lua do Castor”, será a mais brilhante e próxima de 2025. O satélite natural da Terra parecerá ligeiramente maior e mais luminoso do que o habitual, num fenómeno que, segundo a NASA, pode aumentar em até 14% o tamanho aparente da Lua e torná-la até 30% mais brilhante do que a lua cheia mais ténue do ano.

De acordo com a agência americana, a superlua ocorre quando a lua cheia coincide com o ponto mais próximo da sua órbita em relação à Terra, conhecido como perigeu. O ponto mais distante é designado apogeu. Como a órbita da Lua é elíptica e não perfeitamente circular, a sua distância da Terra varia ao longo do mês. Quando o momento do perigeu coincide com o da lua cheia, ocorre o fenómeno a que chamamos superlua — termo criado em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle. A informação foi divulgada pelo jornal Euronews, que cita também a agência Associated Press.

A superlua de novembro será plenamente visível esta noite, embora possa ser observada também nas noites anterior e posterior. O melhor momento para apreciar o fenómeno será logo após o pôr do sol, quando o contraste com o horizonte acentua a perceção de brilho e tamanho. Para observá-la, não é necessário qualquer equipamento especial: basta um local com céu limpo e boa visibilidade do horizonte. No entanto, o aumento de dimensão é subtil e pode passar despercebido a olho nu. “A diferença é mais evidente quando comparamos com outras imagens ou observações”, explicou Shannon Schmoll, diretora do Abrams Planetarium da Michigan State University, numa mensagem de correio eletrónico citada pela Euronews.

Além do seu impacto visual, a superlua tem também efeitos ligeiros nas marés, devido à maior proximidade da Lua à Terra. A força gravitacional torna-se um pouco mais intensa, provocando marés ligeiramente mais altas do que o normal. Contudo, o astrónomo Lawrence Wasserman, do Lowell Observatory, esclareceu que o efeito “não é suficientemente dramático para ser notado na maioria das zonas costeiras”.

Para quem não conseguir observar o fenómeno esta semana, haverá mais uma oportunidade em 2025. A última superlua do ano surgirá no dia 6 de dezembro, encerrando o ciclo lunar de forma igualmente deslumbrante. Até lá, a superlua de novembro promete ser o maior e mais brilhante espetáculo celeste do ano, iluminando o céu com uma intensidade que convida à contemplação e à fotografia.

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