Muito se tem falado da chegada massiva de marcas chinesas ao mercado europeu e, em particular, ao mercado nacional. O certo é que nunca houve tanta concorrência no mercado que ainda está a dar os primeiros passos no setor da eletrificação.
Mas, mesmo assim, este tem sido um setor onde tem predominado a inovação, a qualidade e a fiabilidade.
A BYD é um desses bons exemplos. Não somente se apresenta ao mercado com um produto apelativo, com níveis de segurança que lhe conferem as cinco estrelas no Euro NCAP, mas também com propostas ambiciosas inovadoras, como podem ser as suas baterias Blade que depois foram aceites e implementadas até mesmo noutras marcas concorrentes ou a soluções de software inovadoras.
O BYD Seal U é um SUV pertencente ao segmento D, um familiar que aposta na versatilidade, espaço a bordo e conforto e, por isso, a referência à letra U de Utility.
Este modelo apresenta-se com uma proposta híbrida e com esta versão 100% elétrica com duas opções de bateria, uma de 71,8 KWH e outra de 87 KWH, o que permite em circuito WLTP uma autonomia até 576km. Num percurso que só teve autoestrada e, portanto sem regeneração de baterias, conseguimos efetuar 300 quilómetros e manter 17% de autonomia, o que daria aproximadamente 360 a 370 km reais em autoestrada.
O Seal U apresenta-se com uma potência de 218cv mais que suficientes para as necessidades de qualquer família.
Mas comecemos pelo design, num modelo que possui 4,79m com inspiração Ocean Aesthetics, onde predominam as linhas aerodinâmicas e uma dianteira dominada por faróis horizontais e esguios que se estendem para a zona lateral, com os pára-choques dianteiros com duas tomadas de ar laterais e uma pequena grelha inferior; no centro do pára-choques encontramos elementos de segurança como o radar ativo.
A traseira com um estilo mais coupé foca-se numa assinatura luminosa que se prolonga a toda a extensão da bagageira em formato horizontal e com os pára-choques com elementos não só de design mas aerodinâmicos, para garantir um bom comportamento, ajudado também pelo spoiler superior.
Mas este modelo de tração dianteira tem no seu interior uma dos grandes destaques, pelo nível de qualidade dos materiais utilizados onde é difícil encontrar plásticos rijos e um cuidado ao detalhe elevado, a par de um desenho do tablier e consola central que cativa pela sua harmonia
Assim, os bancos elétricos aquecidos e ventilados possuem um bom nível de sustentação mas sobretudo uma esponja mais rija que garante um conforto acrescido, que nos permite perceber itens como ergonomia e usabilidade, seja no banco-volante-pedais, ou no painel de instrumentos de dimensões contidas mas que contém a informação necessária – tanto mais que este modelo possui sistema de projeção da informação no vidro.
Os botões do volante de pequenas dimensões são físicos e descomplicados, permitindo ativar a condução semiautónoma, ou por exemplo, fazer girar o ecrã central de grandes dimensões. Já o software do ecrã de infotainmente é por demais intuitivo e completo para garantir viagens “confortáveis” e onde também fazemos eco do sistema de purificação do ar.
A consola central parece um Y quando vista do banco traseiro e está dividida em dois patamares – podemos dizer que é flutuante – onde na parte de cima possui dois carregadores por indução, espaço para objetos, porta copos e um alçapão para guardar objetos, sendo que o apoio de braços possui a tecnologia NFC. Na parte inferior podemos contar com um grande espaço para os objetos de grandes dimensões. Espaço é coisa que não falta neste modelo, sendo que os bancos traseiros são também reclináveis.
Depois de ter andado com o BYD Seal sedan notam-se grandes diferenças para o Seal U, pois a marca apostou em manter um comportamento muito previsível, com vários modos de condução e uma taragem das suspensões a privilegiar o conforto – que até levava a suspeitar poder possuir uma suspensão pneumática. O rolamento da carroçaria é mais pronunciado, em comparação com o modelo sedan da marca que aposta num comportamento mais desportivo.
Em resumo, o Seal U tem todos os condimentos necessários para competir com a concorrência, da mesma nacionalidade ou de outra, num veículo assumidamente espaçoso e confortável muito para uso familiar e onde a componente tecnológica é muito vincada.
Se o modelo híbrido começa a partir dos €40.000 já neste elétrico o preço inicial começa nos € 44 490.




















