Proteger o negócio com base numa abordagem integrada de risco

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Tendo em consideração todas as transformações que ocorreram no mundo e nas empresas nos últimos anos, ter sucesso nestas três componentes requer alocar recursos e aplicar medidas preventivas que sejam correspondentes aos riscos envolvidos. Esta é uma abordagem que mitiga as consequências de comportamentos de risco inadequados e que poderiam limitar a capacidade de uma empresa para aproveitar as oportunidades e preparar as suas operações para o futuro.

De acordo com um artigo publicado por Sebastien Planche, EMEA director Industries & Practices da dss, o risco é, tradicionalmente, visto a partir de uma lente única. No entanto, é cada vez mais importante evoluir desta abordagem para uma estratégia de gestão de risco e fomentar uma integração dos assets core e da gestão operacional. Isto, com o objectivo de antecipar um cenário de gestão de risco para a segurança dos processos, prevenindo falhas operacionais, não cumprimento de objectivos de sustentabilidade ou atrasos na transformação das operações para responder às exigências da produção. Para tirar o máximo partido das operações e aproveitar as novas oportunidades, as empresas devem passar de uma lógica de gerir riscos e oportunidades de forma independente para uma gestão das interdependências de todo o ecossistema organizacional. Mais quais os principais benefícios desta abordagem integrada do risco?

1. CAPTAR OPORTUNIDADES PARA ACELERAR O CRESCIMENTO

Cada vez mais, os negócios estão mais conectados interna e externamente. Os avanços tecnológicos permitem aos negócios crescer mais rapidamente de forma mais eficiente. Ainda assim, à medida que mais empresas replicam mega projectos, envolvendo milhares de colaboradores e fornecedores em novos territórios, a procura por trabalho qualificado e as pressões da cadeia de fornecimento precisam hoje de uma atenção adicional. Mas como pode a falta de pessoal experiente ter impacto no cumprimento de objectivos operacionais e nos incidentes de segurança? Como podem as empresas acelerar o crescimento e captar oportunidades num ambiente de escassez de recursos? A maturidade dos fornecedores, particularmente nas áreas da segurança, da eficiência dos processos e do impacto ambiental de toda a cadeia, têm de ser tidas em consideração. Por exemplo, será que os seus fornecedores correspondem aos standards de performance sustentável da sua empresa? Se a resposta é não, de que forma isto irá impactar a capacidade de entrega do projecto? Adoptar uma abordagem mais holística de como os riscos e as oportunidades são interconectados e interdependentes permite às empresas tirar o melhor partido de toda a cadeia de fornecimento, ao mesmo tempo que optimizam os custos para reforçar a vantagem competitiva. Igualmente, uma abordagem integrada do risco ajuda os CEO a terem a visão de 360 graus que precisam para captar oportunidades e acelerar o crescimento global de forma mais eficiente.

2. FORTALECER A SUSTENTABILIDADE E AS ESTRATÉGIAS DE TRANSFORMAÇÃO

À medida que a sustentabilidade ganha tracção e maturidade, começa a ligar todos os aspectos de uma organização. Os temas de ESG (Environmental, social and governance) vão tornar-se componentes vitais do perfil de risco operacional da empresa. Além da legislação ambiental, que exige reduzir as pegadas de carbono e melhorar a eficiência dos recursos, as empresas têm a responsabilidade social de garantir que aderem às melhores práticas no que diz respeito à forma como os colaboradores são tratados e treinados globalmente. A necessidade das empresas se tornarem mais responsáveis socialmente cria pontos de pressão de risco adicionais. De notar que, os eventos recentes relacionados com a saúde pública e factores geopolíticos resultaram numa falta de mão-de-obra qualificada em muitos sectores de actividade. Hoje, este é um risco significativo para o cumprimento das expectativas de produção e desempenho das empresas, principalmente nos sectores alimentar e energético. Como resultado, a necessidade de treinar mais staff para corresponder aos elevados standards operacionais e de segurança, bem como de capacitar os líderes, obrigam as empresas a rever as suas ambições de crescimento, os processos de desenvolvimento e a calendarização para responder a estas exigências adicionais. Levar a sustentabilidade a toda a organização pode ajudar a evoluir os planos de transformação.

3. FOMENTAR A AGILIDADE E A RESILIÊNCIA

Aceder às interconexões e interdependências de risco dos negócios, e aos pontos onde esse risco existe, é apenas uma parte do problema. Para muitas organizações, implementar uma abordagem integrada de risco que seja suficientemente ágil para corresponder a rápidas sequências de eventos não é fácil, principalmente quando a maioria dos riscos e oportunidades existe na cadeia de fornecimento e/ou externamente ao controlo imediato da empresa.

No entanto, implementar políticas que encorajem uma cultura baseada em risco integrado, mesmo numa escala menor, pode ter impacto no ambiente externo e melhorar exponencialmente todo o perfil de risco. Focar nos maiores riscos para conduzir uma transformação eficiente em termos de custos e despender de esforços de gestão naquilo que realmente importa pode melhorar a agilidade necessária para acelerar a transição para as zero emissões de carbono e a optimização dos recursos em todo o ecossistema organizacional.

4. ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE RISCO À PROVA DE FUTURO

As influências específicas de cada sector e as condições económicas impactam, muitas vezes, a forma como as organizações gerem os riscos e as oportunidades. No entanto, alguns eventos extraordinários recentes, como a pandemia e a actual crise energética, mostram que a saúde pública global e os temas geopolíticos que ameaçam a segurança energética apresentam considerações adicionais a ter em conta. A escassez e a volatilidade dos preços das matérias-primas têm impacto na capacidade operativa das empresas e ameaçam as estratégias de sustentabilidade e as agendas de segurança, além de aumentarem os custos. Desta forma, as pegadas de carbono não podem ser reduzidas sem que se tenha em consideração o cliente ou o impacto nas operações e nos processos de segurança; ou seja, os riscos envolvidos estão interconectados. A resiliência para conduzir a performance num ambiente tão hostil exige que as empresas consigam captar de forma precisa as interdependências de risco entre segurança, operações e sustentabilidade, com o objectivo de traçar estratégias de gestão de risco à prova de futuro.

Ao considerar uma abordagem integrada de risco, as empresas já podem contar com alguma experiência que lhes sirva de guia. Já existe um nível de maturidade de risco trazido pela legislação que encoraja as empresas a encararem o risco através da lente da segurança das operações. O que é novo é o enorme alcance, complexidade e velocidade de eventos com que as empresas têm de lidar nos dias de hoje.

Há ainda a emergente plataforma da sustentabilidade, onde existe menos maturidade de risco, mas com grandes exigências dos stakeholders. Adoptar um governance para ultrapassar silos de gestão de risco e fortalecer as oportunidades é um tema que se torna cada vez mais vital. Ao fomentar a integração dos assets core com a gestão operacional, os CEO podem conduzir a transformação organizacional e o crescimento necessários às operações do futuro, ao mesmo tempo que desbloqueiam todo o seu potencial desempenho. Adoptar uma abordagem baseada no risco integrado implicará mudar de um foco no compliance para a criação de agilidade e da cultura corporativa certa para adaptar e evoluir os ciclos de negócio e acelerar a muito necessária transição para operações de negócio mais sustentáveis. Mais informações em: www.consultdss.com

dss

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