Como potenciar a evolução empresarial através da adoção de cloud

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Com o cenário atual (consumidores informados, aumento de novos players – cloud born, falta de recursos especializados, pressão para manter os custos baixos e garantir operações mais eficientes, consciência ambiental e social, pandemia covid-19, guerra na Europa), são inúmeras as variáveis a considerar na adaptação que é exigida para as organizações sobreviverem e prosperarem.

É, portanto, mais importante do que nunca, que as organizações definam as suas estratégias de cloud.

“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent that survives. It is the one that is the most adaptable to change.”

163 anos após a publicação de “A origem das espécies”, a teoria de Darwin continua atual e assumo-a como metáfora perfeita para o contexto empresarial.

Cada vez mais, as empresas estão a adotar uma abordagem híbrida de cloud como elemento central dos seus processos de transformação digital.

As organizações que desejam manter-se na linha da frente, precisam de construir uma base de agilidade e criar uma verdadeira estratégia de força de trabalho híbrida que aborde desde a experiência dos colaboradores até à capacitação organizacional. Chegou a altura de as empresas repensarem a sua estratégia de cloud computing. Só assim poderão otimizar as operações para desbloquear novas oportunidades de negócio.

São vários os benefícios que as organizações têm com a adoção da cloud, mas a principal é a flexibilidade, que possibilita inovação face aos concorrentes.

Atualmente, a questão não é “se” uma empresa irá mudar para a cloud mas “quando” e “como” chegará lá, e se seguirá a estratégia de cloud certa com uma visão inicial dos custos e riscos.

Assume-se, pois, como necessário, um modelo financeiro congruente com os objetivos de uma estratégia adaptativa/transformacional.

O modelo CapEx, sendo uma opção mais estanque, começa a ser preterido em função do modelo OpEx, particularmente para as empresas em que a flexibilidade é ponto de ordem, com a implementação da cloud.

A adoção da cloud num modelo OpEx envolve uma abordagem mais flexível às infraestruturas de IT, pagando apenas o que se precisa, quando se precisa. Configura-se, pois, como mais-valia. Vejamos:

  • Caracteriza-se por aquisições com períodos vinculativos mais curtos, reduzindo riscos. É um modelo escalável à velocidade a que as novas oportunidades surgem, assim como é permeável a reduções, em caso de constrangimentos orçamentais;
  • Coloca o foco dos recursos em tarefas que acrescentem valor ao core business. O cloud provider mantém a manutenção do hardware;
  • Acelera o Time to Market na disponibilização de novos produtos e serviços. Diz a lei da Liderança “É melhor ser o primeiro do que ser o melhor” (Ries & Trout, 1993);
  • Investimentos com um risco de custos afundados menor;
  • Confere às empresas a agilidade e flexibilidade, podendo alterar recursos on the fly;
  • Dispensa custos de eletricidade, refrigeração, infraestrutura e manutenção por parte do staff.

Com a cloud, efetivamente, o potencial é maior. No entanto, esse potencial traz também desafios que necessitamos compreender. Por exemplo, 82% das empresas referem custos com a cloud como uma preocupação e 79% das organizações indicaram que o governance como preocupação (Flexera of the Cloud Report, 2020).

Devemos então atender a alguns aspetos na implementação da cloud:

  1. Conhecimento: O cliente não pode pensar e planear cloud com o mesmo mindset utilizado para modelos on-premises. Caso o faça, ou não inicia a migração, ou poderá incorrer em expectativas frustradas, resultando, muitas vezes, em reversão para on-premise;
  2. Modelo: Necessidade de desenvolver um modelo de custos operacionais dinâmico e que permita otimizar continuamente os consumos incrementais, selecionando os melhores serviços cloud que encaixam nos requisitos (cloud cost optimization);
  3. Hábitos: Os velhos hábitos são difíceis de quebrar, e a previsão de forecast / budgets normalmente ainda depende fortemente do modelo CapEx. Segundo a Mckinsey, isto pode resultar num desfasamento entre o forecast e o consumo real, gerando más decisões e o re-orçamentar custos não previstos. É por isso crítico ligar este momento ao negócio e às prioridades empresariais. Caso contrário, obtém-se forecast mais desfazados da realidade, para elaboração e definição de budgets. A título de exemplo, se a empresa está a planear uma campanha de larga escala, é natural que surja um fluxo maior de visitas ao site de e-commerce. Uma vez que os custos da cloud variam de acordo com o consumo, este tipo de ações ou decisões por parte do negócio, irão ter um impacto nos custos associados;
  4. Flexibilidade: Nem todos os serviços têm a mesma elasticidade associada. Frequentemente as empresas não diferenciam por exemplo recursos com benefícios de escala on-demand para os que não tem;
  5. Tudo ou nada: Não obstante potencialidades da cloud, isso não significa que todos os workloads devam ser migrados para ela.

A Logicalis, enquanto parceiro Azure Expert MSP, e com anos de experiência e provas dadas em vários projetos transformacionais aporta valor acrescentado através da adição de um processo de co-criação com os seus clientes, onde ajuda na organização da definição estratégica, tecnológica e metodológica da jornada para a cloud.

Para mais informações, fale connosco: comercial@pt.logicalis.com

Nelson Fernandes, Cloud Business Services Lead na Logicalis
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