Marcelo Rebelo de Sousa não esconde a preocupação com um possível chumbo do Orçamento do Estado para 2025 por parte do PS, avança esta terça-feira o ‘Diário de Notícias’: no almoço das comemorações dos 40 anos da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, o Presidente da República revela que um chumbo pode abrir “uma crise política” nacional e “estragar por completo o ano de 2025” no que diz respeito à aplicação do PRR e também do Portugal2030.
De acordo com a publicação, Marcelo Rebelo de Sousa ficou “impressionado” ao ter percebido junto dos autarca socialistas, em particular, mas também os do PSD, a “preocupação com a consequência fatal para os fundos europeus”, caso Pedro Nuno Santos, secretário-geral da PS, cumpre a “certeza” manifestada há uns meses de chumbar o OE2025.
Se “valeu a pena ter havido um Orçamento aprovado para este ano”, defende Marcelo, “também é importante que o OE2025 possa, na altura devida, ser ponderado e aprovado. Isso é muito, muito prioritário”. O Presidente – que em novembro último pressionou António Costa na aprovação de um OE2024 que desse estabilidade à execução e aplicação do PRR – quer agora pressionar Pedro Nuno Santos com a viabilização do OE2025. “Parece sensato não perdermos a prioridade e o foco nos fundos europeus em 2024 e 2025”, avisa.
Luís Salgueiro, que lidera a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, reforça que o secretário-geral do PS mostrou recentemente abertura para uma aprovação do OE2025 – a autarca socialista defende que Pedro Nuno Santos converse com Luís Montenegro para garantir que algumas das medidas do PS constem no OE2025, travando um chumbo que, no seu entender, não é conveniente para o país.
No entanto, Pedro Nuno Santos, de acordo com fontes socialistas, terá caído na ‘teia’ lançada por Luís Montenegro no discurso da tomada de posse. “O PS será oposição ou força de bloqueio”, questionou o líder da AD. “Já nos comprometemos publicamente com um Retificativo e com a aprovação do Programa do Governo [já aprovado], mas foi cedo demais. Houve precipitação e deixou espaço a Montenegro para dizer que não faz sentido o PS aprovar o Programa da AD e depois no Orçamento do Estado chumbar as medidas desse mesmo programa”, sustenta fonte parlamentar.














