Dona da Gucci reúne-se em Assembleia Geral para aprovar nomeação de Luca de Meo como novo Diretor-Geral

A assembleia geral anual da Kering deverá aprovar esta terça-feira a nomeação de Luca de Meo, ex-diretor da Renault, como novo diretor-executivo do grupo de luxo francês. A principal missão do italiano será reverter o desempenho da Kering, começando pelo relançamento da marca-âncora Gucci, que enfrenta quedas acentuadas nas vendas. A família Pinault, principal acionista, detém 42,3% do capital e 59,3% dos direitos de voto, pelo que a escolha de De Meo era amplamente antecipada.

Fábio Carvalho da Silva e André Mendes
Setembro 9, 2025
8:15

A assembleia geral anual da Kering deverá aprovar esta terça-feira a nomeação de Luca de Meo, ex-diretor da Renault, como novo diretor-executivo do grupo de luxo francês. A principal missão do italiano será reverter o desempenho da Kering, começando pelo relançamento da marca-âncora Gucci, que enfrenta quedas acentuadas nas vendas. A família Pinault, principal acionista, detém 42,3% do capital e 59,3% dos direitos de voto, pelo que a escolha de De Meo era amplamente antecipada.

O atual presidente do conselho de administração, François-Henri Pinault, 63 anos, manter-se-á no cargo, enquanto os acionistas votarão também sobre a ampliação do limite de idade do presidente e do diretor-geral, bem como um “subsídio de arranque” de 20 milhões de euros para De Meo. O executivo, de 58 anos, assume o cargo a 15 de setembro, depois de ter ajudado a Renault a transformar os seus resultados.

O grupo enfrenta desafios significativos: no primeiro semestre de 2025, a Kering registou uma queda de 46% no resultado líquido, para 474 milhões de euros, e uma redução de 16% nas vendas, para 7,6 mil milhões de euros. A Gucci, responsável por 44% das vendas do grupo, teve uma quebra de 27% nas receitas, enquanto outras marcas como Yves Saint Laurent e Balenciaga também enfrentam dificuldades. Apenas Bottega Veneta e a divisão de óculos e beleza registaram ligeiros aumentos de vendas.

Além da performance operacional, a Kering precisa de gerir a dívida financeira, que subiu para 9,5 mil milhões de euros devido a aquisições como a da Creed e da participação na Valentino, e investimentos imobiliários em locais prestigiados. Analistas alertam que não existe um “conceito salvador” e que o sucesso dependerá da capacidade da equipa de implementar uma visão coerente, e não apenas do desempenho individual de Luca de Meo.

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