Déjà vu? Hoje há nova greve do Metro de Lisboa (e sem serviços mínimos…). Saiba o que esperar

Entre as reivindicações está o aumento do subsídio de refeição, de férias e de Natal e alterações no horário máximo de trabalho semanal

Francisco Laranjeira
Setembro 11, 2025
6:00

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa voltam a estar, esta quinta-feira, em greve, repetindo a paralisação da passada terça-feira: para ambos os dias, o tribunal arbitral não decretou serviços mínimos, pelo que não haverá transporte até às 10h30.

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa anunciaram a realização de greves parciais, devido à “falta de respostas às suas reivindicações”. Sem serviços mínimos, o transporte será afetado neste período. Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e as 01h00. Neste cenário, o metro só arranca às 10h30.

A greve desta quinta irá decorrer das 5h00 às 10h00 para os trabalhadores da operação, das 7h00 às 12h00 para os trabalhadores do setor oficinal, das 7h30 às 12h30 para trabalhadores dos setores fixos e administrativos e das 2h00 às 7h00 para trabalhadores dos serviços noturnos e via.

Entre as reivindicações está o aumento do subsídio de refeição, de férias e de Natal e alterações no horário máximo de trabalho semanal.

Metropolitano de Lisboa aberto ao diálogo

Em comunicado, o Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa “reafirma que, desde o primeiro momento, procurou estabelecer um diálogo construtivo com as Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORTs), com vista à obtenção de soluções equilibradas que conciliassem as legítimas expectativas dos trabalhadores com a imperiosa necessidade de garantir a sustentabilidade da empresa e a qualidade do serviço público prestado à cidade”.

“Sensível às reivindicações apresentadas, a empresa avançou com duas propostas negociais cuidadosamente estruturadas, assentes nos princípios do Acordo de Empresa de 2023 e no cumprimento do enquadramento legal em vigor. Essas propostas contemplam a melhoria das condições de trabalho, incluindo a valorização das categorias profissionais e a redução do número de horas de trabalho semanal, enquadradas numa estratégia mais ampla de modernização tecnológica e de reforço da eficiência organizacional”, apontou a empresa, garantindo que “considera que estas soluções constituem um pacote sólido, equilibrado e robusto, capaz de contribuir para desbloquear a aceitação das ORTs e para assegurar simultaneamente estabilidade laboral, valorização profissional e a sustentabilidade económica da empresa”.

“Neste sentido, o Metropolitano de Lisboa reafirma o seu pedido às ORTs para suspenderem a greve parcial convocada para o próximo dia 11 de setembro, a qual, no entendimento da empresa, não se justifica, uma vez que as soluções apresentadas configuram já um compromisso robusto e consistente, capaz de assegurar ganhos e avanços significativos para os trabalhadores em matéria de valorização profissional, melhores condições de trabalho e maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, reforçou o Metropolitano de Lisboa.

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