Condutores passam anualmente 157 horas no trânsito em Lisboa, revela estudo. Saiba quais as cidades mais complicadas do país para conduzir

O ‘Traffic Index’, da responsabilidade da especialista em geolocalização TomTom, revelou as condições do trânsito de 389 cidades de 56 países de seis continentes, através dos dados gerados pelos 600 milhões de dispositivos ligados à marca usados pelos motoristas ao longo de 2022.

Uma das principais conclusões apontadas no estudo indica que as pessoas estão cada vez mais a regressar aos respetivos escritórios – o tempo de viagem aumento em 62% das cidades analisadas (242 de 389). O ano passado registou ainda um aumento de preço dos combustíveis: assim, os motoristas de todo o mundo gastaram, em média, 27% a mais para abastecer os depósitos de gasolina face a 2021, já os carros a diesel ‘valorizaram’ 48% quando comparado com o ano transato. Nesse particular, Hong Kong tornou-se a cidade mais cara do mundo para conduzir.

E no que diz respeito às cidades portuguesas?

Lisboa é, sem surpresa, a cidade mais problemática do país. Ocupa o 123º posto do ranking mundial da TomTom, sendo necessários 16 min 40 s para percorrer 10 quilómetros. Comparado com 2021, o tempo de viagem em Lisboa aumentou em 1 min e 10 s. Sabe qual foi o pior dia para viajar na capital em 2022? 7 de dezembro, dia de greve da CP. E qual a pior altura para conduzir em Lisboa? Às quartas-feiras, entre as 18 e 19 horas.

E quanto custa conduzir em Lisboa em hora de ponta? Anualmente gastam-se 157 horas nas estradas da capital, sendo que 55 destas são em trânsito, o que provoca 872 kg em emissões de CO2 (144 kg em horas de ponta). No que diz respeito ao preço do combustível, 2022 representou uma despesa de 683 euros (aproximadamente 7 depósitos de gasolina de tamanho médio), sendo que 119 euros são ‘deixados’ devido a congestionamentos na capital.

Por último, se os condutores lisboetas decidissem fazer teletrabalho um dia por semana (sobretudo à quarta-feira), poderiam poupar 136 euros e 165 kg de CO2. Já se fizerem três dias de teletrabalho, a poupança atinge os 405 euros e 491 kg.

Em segundo lugar no ranking nacional do ‘Traffic Index’ da TomTom surge o Funchal, no 144º posto a nível mundial, com 16 min e 10 s para percorrer 10 km, mais 50 segundos do que em 2021. O pior dia de 2022 foi 6 de dezembro.

Ao todo, na cidade madeirense passam-se 148 horas a conduzir, sendo que 46 são passadas no trânsito. Em 2022 foram emitidos 892 kg de CO2 para a atmosfera, dos quais 108 devidos às horas de ponta. No que diz respeito ao preço dos combustíveis, foram necessários 737 euros, 89 euros ‘dedicados’ aos congestionamentos. Por último, evite conduzir às terça-feiras, entre as 18 e 19 horas, altura de maior trânsito no Funchal.

A fechar o top 3 nacional surge o Porto, no 169º lugar no ranking mundial de 2022, com 15 minutos necessários para percorrer 10 km, mais 30 segundos do que no ano anterior. 22 de novembro foi o pior dia de 2022 para conduzir.

A Invicta registou 148 horas de condução, sendo que 63 foram passadas em congestionamentos. As emissões de CO2 totalizaram 853 kg (152 kg devido ao trânsito) e no que diz respeito aos preços dos combustíveis, foram gastos 704 euros em gasolina, dos quais 125 foram ‘desperdiçados’ no trânsito.

Braga e Coimbra, nos 301º e 335º lugares do ranking mundial, respetivamente, fecham o top 5 das cidades portuguesas.