A Sonaecom não tem de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre as ações da NOS, indicou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Esta declaração assenta no pressuposto de que a relação de domínio entre a Sonae, como dominante, e Sonaecom, como sociedade dominada, se mantém inalterada – e que à Sonae continua a ser imputada uma participação qualificada indireta superior a um terço, mas inferior a metade dos direitos de voto representativos do capital da NOS”, referiu a entidade reguladora do mercado de capitais, em comunicado.
Recorde-se que no passado dia 20 a Sonaecom reforçou a participação no capital social da NOS, com a aquisição de 58.204.920 ações à Sonae por 212,6 milhões de euros, representativas de 11,30% do capital social e de 11,38% dos direitos de voto da NOS.
Assim, a Sonaecom passou a deter 37,37% do capital da empresa e com isso ultrapassou um terço dos direitos de voto correspondentes ao capital social da operadora, o que obrigaria ao lançamento de uma OPA. A empresa salientou, no entanto, que não havia “qualquer alteração material no que ao exercício de direitos de voto inerentes às ações diz respeito”, garantindo que “estes direitos de voto deixaram de ser imputados à Sonae”. Sublinhou ainda a intenção de requerer à CMVM que declarasse não exigível o lançamento de uma OPA, que mereceu a concordância da reguladora.














