As propostas da Comissão Técnica Independente (CIT) para aliviar o aeroporto de Lisboa só serão conhecidas em setembro, o que representa um atraso de cerca de dois meses face à data inicialmente prevista, garantiu esta terça-feira o ‘Jornal de Negócios’: a comissão, liderada por Maria Rosário Partidário, justificou o atraso com os problemas burocráticos na adjudicação de contratos para estudos e as férias. Este atraso vem somar ao já anunciado para a apresentação do relatório final do novo aeroporto, que só deverá ver luz do dia no início de 2023 – em causa estão também problemas na contratação dos estudos necessários que começaram a ser atribuídos agora, com seis meses de atraso.
O relatório preliminar da CTI deveria ser entregue em finais de outubro, ou início de novembro, seguindo-se o período de consulta pública, entre novembro e dezembro.
As opções identificadas pela CTI, para melhorar a operação do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, terão depois de passar pela ANA – Aeroportos de Portugal, pelo Governo e, conforme as opções propostas, pela NAV Portugal. No relatório deverá constar uma avaliação da “capacidade da rede aeroportuária na região de Lisboa para, de alguma maneira, acomodar alguma tipologia de voos durante períodos mais críticos.”
O atraso na entrega dos relatórios vem acrescentar às diversas polémicas do CIT – no passado dia 11, apenas estavam contratados quatro dos 25 estudos necessários, embora a responsável tivesse garantido que os atrasos estavam a ser absorvidos. ““Não há atrasos, os atrasos estão a ser absorvidos pela nossa capacidade de resposta”, esclareceu Maria Rosário Partidário.
Uma resolução do Conselho de Ministros aprovada no ano passado definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém), mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções.
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