Ciberataques custaram 10 mil milhões de euros à economia portuguesa em 2024. Educação foi o setor mais afetado

O recurso crescente à inteligência artificial (IA) está a transformar o panorama da cibercriminalidade. Segundo o mais recente relatório da CyberNews, só no primeiro semestre de 2025 os ciberataques potenciados por IA aumentaram 600%, expondo mais de 16 mil milhões de credenciais em todo o mundo.

Fábio Carvalho da Silva e André Mendes
Setembro 8, 2025
10:31

O recurso crescente à inteligência artificial (IA) está a transformar o panorama da cibercriminalidade. Segundo o mais recente relatório da CyberNews, só no primeiro semestre de 2025 os ciberataques potenciados por IA aumentaram 600%, expondo mais de 16 mil milhões de credenciais em todo o mundo.

Em Portugal, os prejuízos associados aos ataques informáticos ascenderam a 10 mil milhões de euros em 2024, de acordo com a Stratesys, multinacional tecnológica com forte presença no país.

O setor da educação tem sido o mais visado. Dados da Check Point Research indicam que, em 2025, as instituições de ensino e investigação portuguesas sofreram em média mais de 5.300 tentativas de ataque por semana por organização, valor acima da média global de 4.300. O correio eletrónico continua a ser o principal veículo de disseminação de ficheiros maliciosos, representando mais de 90% dos casos, com destaque para ameaças como AgentTesla, RATs, FakeUpdates e ataques de “quishing” (códigos QR maliciosos).

As técnicas de fraude também estão mais sofisticadas, com deepfakes de vídeo e áudio que simulam familiares, colegas de trabalho ou figuras públicas, aumentando a dificuldade em distinguir o verdadeiro do falso.

Face a este cenário, especialistas sublinham que a cibersegurança é a principal defesa. A nível individual, é essencial ativar a autenticação multifator (MFA), adotar palavras-passe seguras e desconfiar de pedidos urgentes ou suspeitos. Já para as empresas, as medidas devem incluir sistemas de monitorização inteligente, protocolos de verificação rigorosos para operações financeiras e uma cultura sólida de prevenção.

 

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