O recurso crescente à inteligência artificial (IA) está a transformar o panorama da cibercriminalidade. Segundo o mais recente relatório da CyberNews, só no primeiro semestre de 2025 os ciberataques potenciados por IA aumentaram 600%, expondo mais de 16 mil milhões de credenciais em todo o mundo.
Em Portugal, os prejuízos associados aos ataques informáticos ascenderam a 10 mil milhões de euros em 2024, de acordo com a Stratesys, multinacional tecnológica com forte presença no país.
O setor da educação tem sido o mais visado. Dados da Check Point Research indicam que, em 2025, as instituições de ensino e investigação portuguesas sofreram em média mais de 5.300 tentativas de ataque por semana por organização, valor acima da média global de 4.300. O correio eletrónico continua a ser o principal veículo de disseminação de ficheiros maliciosos, representando mais de 90% dos casos, com destaque para ameaças como AgentTesla, RATs, FakeUpdates e ataques de “quishing” (códigos QR maliciosos).
As técnicas de fraude também estão mais sofisticadas, com deepfakes de vídeo e áudio que simulam familiares, colegas de trabalho ou figuras públicas, aumentando a dificuldade em distinguir o verdadeiro do falso.
Face a este cenário, especialistas sublinham que a cibersegurança é a principal defesa. A nível individual, é essencial ativar a autenticação multifator (MFA), adotar palavras-passe seguras e desconfiar de pedidos urgentes ou suspeitos. Já para as empresas, as medidas devem incluir sistemas de monitorização inteligente, protocolos de verificação rigorosos para operações financeiras e uma cultura sólida de prevenção.














