Um míssil projetado para atingir alvos terrestres e marítimos, capaz de destruir porta-aviões e destruir ‘destroyers’ americanos sem obstáculos: o programa militar da China, de acordo com o canal militar CCTV-7 da televisão pública do país asiático, revelou há poucos dias o lançamento de um míssil aerobalístico de um bombardeiro Xi’an H-6K da Força Aérea.
Há vários anos que a China tem trabalhado na imposição do que é conhecido como a ‘zona anti-acesso’ (‘Anti-Air/Area Denial’ ou A2/AD, em inglês) no Pacífico Ocidental, cujo objetivo consiste em reduzir a presença de países estrangeiros nas suas águas mais próximas – ao mesmo tempo, pressiona por uma zona económica exclusiva maior no Mar da China Meridional.
De acordo com a publicação espanhola ‘El Confidencial’, a aplicação deste conceito em conjunto com o de ‘Defesa Ativa’ lembra o que se conhece como profundidade estratégica: ou seja, proteja-se com um cinto de segurança em torno das suas fronteiras para mitigar eventuais ataques. Para tal, são necessárias armas capazes de dissuadir as nações que se aventuram navegar por tais águas: um desses sistemas seria este míssil aerobalístico.
Os mísseis de ataque de superfície – contra um alvo terrestre ou contra um navio – podem ser divididos em dois tipos. Por um lado, mísseis balísticos e, por outro, mísseis de cruzeiro. Os primeiros movem-se no ar sem levar em conta as forças de sustentação, portanto mal possuem superfícies de voo, ou seja, asas. Portanto, o seu movimento deve-se única e exclusivamente à propulsão dos seus motores. Descrevem trajetórias balísticas, daí o seu nome, e dependendo do alcance – curto, intermediário, intercontinental… – têm vários estágios.
Ao contrário dos mísseis balísticos, os mísseis de cruzeiro utilizam forças de sustentação e, portanto, possuem asas. Em suma, são ‘aviões’ em miniatura, com sistema de orientação autónomo e carga de combate. A sua velocidade costuma ser constante e caracterizam-se por voar em altitudes muito baixas para evitar contradetecção.
Mas o míssil aerobalístico é lançado do ar, ou seja, de um avião, portanto com um alcance aumentado, já que a fase em que o foguete mais consome combustível é durante o lançamento. Quando é disparado, é libertado do avião e cai pela gravidade – a uma certa distância do avião, liga a hélice e dirige-se para a zona alvo.
O míssil chinês foi visto pela primeira vez na edição de 2022 do ‘Zhuhai Air Festival’, um dos grandes eventos que as empresas chinesas aproveitam para mostrar os seus desenvolvimentos. No entanto, os dados sobre as suas características permanecem escassos. Segundo Thomas Newdick, do site ‘The War Zone’, atingiria velocidades entre Mach 4 e 6. Embora seja desconhecido, é possível que carregue uma ogiva penetrante e tenha capacidade de manobrabilidade de fase terminal.
5月1日メーデー特番内に登場したH-6K爆撃機。
2PZD-21 ALBMの実弾発射シーンがあります。 pic.twitter.com/68uxH3Eazz— お砂糖wsnbn (@sugar_wsnbn) May 1, 2024














