Esta quarta-feira o Governo de Luís Montenegro está a receber no Parlamento os vários partidos com assento parlamentar tendo em vista discutir o tema das Migrações, para desenvolvimento de um Plano de Ação, a ser apresentado em breve pelo Executivo, com os contributos das restantes bancadas parlamentares. O Chega já foi recebido e, segundo avançam os deputados do partido, o Governo ter manifestado “alguma abertura” a criar quotas para a imigração.
Uma delegação do partido de André Ventura foi recebida por António Leitão Amaro, ministro da Presidência, e, no final do encontro, Cristina Rodrigues, deputada do Chega, relatou aos jornalistas que “poderia haver alguma abertura” do Governo à proposta do partido, de criação de quotas de imigração.
A deputada sustentou que existe em Portugal um problema de “imigração descontrolada”, e que a entrada de estrangeiros deve ser feira de acordo com as “necessidades que o pais tem a nível de mão de obra e qualificações”.
Segundo Cristina Rodrigues, deve ser feito um levantamento dessas necessidade e só depois “deve ser permitida a entrada de imigrantes”.
“Muitos destes imigrantes podem entrar em Portugal sem qualquer comprovativo de meios de subsistência, de ter contrato de trabalho e acabam dependentes do nossos sistema social”, indicou a deputada, pedindo que o Governo limite a atribuição de apoios sociais, como o Rendimento Social de Inserção (RSI) a imigrantes.
Por outro lado, indicou Cristina Rodrigues, o Chega não quer estringir os acessos a serviços de educação ou saúde. Na reunião com o Governo o partido manifestou-se novamente contra o fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a sua ‘conversão’ para Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Segundo o Chega, o Governo “não está a ponderar recuar” no que respeita à AIMA, mas ainda “não há propostas em cima da mesa sobre qual será a solução” para o problema.














