CGD espera vender BCA de Cabo Verde “em breve” e volta a analisar atividade no Brasil

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) espera vender em breve o Banco Comercial do Atlântico (BCA), que detém em Cabo Verde, esperando resposta do regulador, ao mesmo tempo que tem entidades interessadas para a atividade no Brasil.

Executive Digest com Lusa
Julho 30, 2025
14:20

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) espera vender em breve o Banco Comercial do Atlântico (BCA), que detém em Cabo Verde, esperando resposta do regulador, ao mesmo tempo que tem entidades interessadas para a atividade no Brasil.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro semestre, em que o banco público somou lucros de 893 milhões de euros, o presidente executivo, Paulo Macedo, afirmou que a venda está apenas dependente da decisão do Banco de Cabo Verde.

“O Banco de Cabo Verde disse que iria dar a sua resposta brevemente, portanto isso não depende de nós, achamos que está para breve”, referiu.

Em março de 2024, a CGD anunciou a venda da participação maioritária (59,81% do capital social do BCA) à Coris Holdings, do Burkina Faso.

A venda, por 70,5 milhões de euros, depende de formalidades de direito cabo-verdiano, nomeadamente, do parecer do banco central do arquipélago.

Em abril, o governador do BCV disse que o processo de análise estava “na reta final” e que deveria haver uma decisão “em meados de maio”, referindo que o BCV está a cumprir as datas a que a lei obriga.

A decisão ainda não foi anunciada.

A alienação faz parte do plano de reorganização da atividade internacional da CGD, que vai continuar presente em Cabo Verde através do Banco Interatlântico.

Um outro processo abordado foi a venda da participação no Banco Caixa Geral – Brasil, Paulo Macedo, em que o banco voltou “a ter entidades interessadas”.

“Voltámos a ter entidades interessadas e, portanto, gostaríamos de retomar o processo, que, como sabem, tem todo um conjunto de questões processuais antes de se chegar à fala com eventuais interessados”, referiu.

O Governo português tinha aprovado em maio de 2021 o relançamento da venda do banco, depois de ter falhado o primeiro processo de alienação.

Em 2023, Paulo Macedo referiu que o Conselho de Ministros recomendou o cancelamento da venda e que a CGD estava a preparar-se para “resolver os problemas do banco”.

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