
Certificados de aforro e BT empurram dívida pública para mais de 270 mil milhões de euros em 2022
A dívida pública portuguesa aumentou 3,3 mil milhões de euros em 2022, para 272,6 mil milhões de euros, em comparação com o ano anterior. Esta subida resultou, em grande medida, das emissões líquidas positivas de certificados de aforro (7,2 mil milhões de euros), de obrigações e bilhetes do Tesouro (1,0 mil milhões de euros) e de outros depósitos junto do Tesouro (0,6 mil milhões de euros).
De acordo com os dados do banco de Portugal (BdP), por outro lado destacaram-se as amortizações de obrigações do Tesouro de rendimento variável (-3,5 mil milhões de euros) e a redução de certificados do Tesouro (-2,6 mil milhões de euros). Já os ativos em depósitos das administrações públicas reduziram-se 1,6 mil milhões de euros.
“Deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 4,9 mil milhões de euros, para 258,7 mil milhões de euros”, explica o BdP.
Especificamente em dezembro de 2022 a dívida pública diminuiu 0,7 mil milhões de euros, para 272,6 mil milhões de euros, que refletiu as amortizações líquidas de títulos de dívida (-2,8 mil milhões de euros).
Por outro lado, no mês em análise verificou-se um aumento das responsabilidades em depósitos (1,8 mil milhões de euros), designadamente devido às emissões de certificados de aforro (1,9 mil milhões de euros).
Os dados do BdP mostram ainda que, em 2022, a dívida pública totalizava 114,7% do produto interno bruto (PIB), o que representa uma redução de 10,9 pontos percentuais relativamente ao final do ano anterior.