Caso de estudo: Como a gestora Schroders está a usar IA para analisar mercados e investimentos em tempo recorde

A inteligência artificial está a transformar a forma como os analistas da Schroders trabalham. De acordo com Pablo Riveroll, gestor de fundos e responsável global pela área de research em ações da gestora, o uso de IA permite processar grandes volumes de dados e analisar linguagem natural com uma rapidez sem precedentes, oferecendo uma vantagem competitiva no mercado.

André Manuel Mendes
Julho 29, 2025
9:51

A inteligência artificial está a transformar a forma como os analistas da Schroders trabalham. De acordo com Pablo Riveroll, gestor de fundos e responsável global pela área de research em ações da gestora, o uso de IA permite processar grandes volumes de dados e analisar linguagem natural com uma rapidez sem precedentes, oferecendo uma vantagem competitiva no mercado.

“O segredo está em saber usar estas ferramentas para reforçar – e não substituir – a perspicácia humana”, defende Riveroll. “A verdadeira mais-valia continua a ser a capacidade dos nossos analistas para fazer as perguntas certas, filtrar ruído e ligar pontos que os algoritmos ainda não conseguem.”

A Schroders tem vindo a adotar uma combinação de ferramentas internas e externas de IA. Entre elas, destacam-se o ChatGPT Enterprise e o DSX da Bloomberg, ambos usados para fazer análises preliminares de empresas, setores e países, reduzindo de forma significativa o tempo necessário para compreender novos investimentos. A empresa tem também desenvolvido ferramentas próprias, como o Context AI, que permite produzir relatórios aprofundados sobre fatores ESG (ambientais, sociais e de governação).

Segundo a empresa, a análise inicial de uma nova empresa, que poderia demorar até duas semanas, pode agora ser feita em metade do tempo. Isto permite aos analistas estudar mais ideias de investimento e concentrar-se em análises mais complexas, melhorando a capacidade de monitorizar e ajustar as teses de investimento em tempo real.

Charlotte Wood, responsável global pela inovação e alianças fintech na Schroders, sublinha que 2024 foi o ano da capacitação das equipas com estas ferramentas e que 2025 será o ano da sua plena integração no dia-a-dia dos analistas de ações e crédito – cerca de 300 profissionais em todo o mundo.

Com esta aposta, a Schroders acredita que conseguirá gerar retornos ajustados ao risco mais elevados do que os seus concorrentes, respondendo também à crescente expectativa dos clientes: segundo o inquérito Global Investor Insight 2024 da própria gestora, 63% dos investidores veem com bons olhos a utilização de IA na construção de carteiras.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.