Inspiração em harvard
«melhorar a qualidade de forma a proporcionar uma aprendizagem de excelência» é um dos objectivos da aese business school na formação de executivos
A AESE Business School forma executivos em Portugal desde 1980, contando com a associação ao IESE Business School e a uma rede mundial de mais de 20 escolas de negócios. Além da elaboração de casos e de programas conjuntos, esta convivência entre escolas resulta num intercâmbio de professores com a missão de facultar aos executivos ferramentas e técnicas de gestão que lhes permitem evoluir nos âmbitos profissional e pessoal.
A AESE Business School orgulha-se de seguir uma metodologia inspirada no modelo da Harvard Business School – o Método do Caso –, que colocaos participantes perante conflitos empresariais verídicos para os chamar a assumir o papel de decisores em circunstâncias semelhantes às que encontram nas suas organizações.
Para ficar a conhecer melhor a AESE e a sua formação de executivos, a Executive Digest falou com José Fonseca Pires, professor e director executivo da AESE Business School.
Estamos quase a meio de 2019. Em termos de formação de executivos como está a correr este ano? Trata-se de um ano de mudança ou de continuidade?
Em 2019, temos tido mais procura de formação para executivos, quer no Executive MBA AESE quer nos Programas de Aperfeiçoamento de dirigentes. Podemos dizer que estamos com uma continuidade cheia de dinamismo.
A perspectiva de desaceleração económica tem relação com a educação executiva?
A Formação de Executivos é um investimento. Constata-se, portanto, que onde há visão de médio-longo prazo os ciclos económicos têm importância, mas não são determinantes. Quando há desaceleração económica, os executivos sentem a urgência de fortalecer as suas competências de gestão e, assim, capacitarem-se para ultrapassar melhor os desafios.
Fale-nos um pouco da proposta de valor da AESE Business School em termos de pós-graduações e formação de executivos.
A AESE prepara os executivos para terem uma visão de Alta Direcção, ou seja, uma visão orgânica e interdisciplinar dentro de cada organização, que permita o alinhamento com os objectivos e a visão da empresa. Para isto utiliza o método do caso, de Harvard Business School, uma metodologia interactiva baseada no treino das capacidades de análise e decisão, face a problemas reais de empresas concretas (cerca de 80% das sessões são com case studies). Os casos de estudo possuem uma riqueza conceptual e académica que apenas é revelada após a sua discussão. Para isto recorre-se a um corpo docente com experiência de gestão e sólida formação académica.
Além disso, a interacção entre os participantes e a consequente partilha de experiências enriquece e actualiza esta abordagem.
Qual a importância dos programas customizados?
Nos programas customizados as empresas podem dirigir a formação às suas necessidades específicas, a um momento particular da vida da organização, com algumas vantagens em termos de custo/benefício. Estes programas podem ser muito úteis, por exemplo, para alinhar os colaboradores com a cultura da organização ou para ganhar coesão após um processo de fusão.
Dez anos depois de Bolonha, a consciência da formação ao longo da vida mudou. Que balanço faria dos últimos dez anos?
Bolonha veio reforçar a consciência do Life Long Learning , a formação como uma necessidade constante nas várias fases da vida profissional. Vivemos no “mundo VUCA” que não se compadece com uma formação estática. A proximidade ao mundo real é indispensável e a AESE, através do Método do Caso, consegue uma ligação com a realidade e uma proximidade aos problemas das pessoas e das organizações de uma forma muito concreta.
Concorda que no mundo de hoje a lógica de abandonar os estudos ao fim de uma licenciatura é obsoleta? A licenciatura já é insuficiente para preparar as pessoas para a vida profissional?
A licenciatura, seja em que área for (gestão, direito, engenharia, filosofia, ciências, etc.) permite ter conhecimentos sólidos sobre determinadas áreas e dá as ferramentas básicas para se poder continuar a aprender. Para capacitar as pessoas para assumirem funções de gestão e liderança nas organizações necessita-se de uma formação-base de qualidade, evidentemente, mas a experiência e a aprendizagem ao longo da vida permitem a adaptação necessária à dinâmica dos negócios e às alterações de contexto. O papel da AESE é contribuir de forma profunda e valiosa para a aprendizagem de cada gestor, ao longo da vida.
Os últimos anos e o aumento do número de licenciados têm dado um crescimento em número à formação de executivos. De que forma a AESE trabalha para que esse cres- cimento seja não apenas quantitativo, mas também qualitativo?
Para nós é muito importante a opinião dos nossos participantes após concluírem a formação. Também é muito importante a opinião dos líderes das empresas mais dinâmicas e vencedoras. Com estas contribuições e com as reflexões que fazemos com os dirigentes de outras escolas de negócios – e em particular com os da rede do IESE – procuramos rever periodicamente os conteúdos e as metodologias de aprendizagem. Estamos sempre empenhados em melhorar a qualidade da nossa formação de forma a proporcionar uma aprendizagem de excelência.
Os alunos estrangeiros continuam a dar um bom impulso à formação de executivos?
Temos tido uma procura crescente de Escolas de Negócio e de participantes do estrangeiro para módulos semanais e exclusivos. As semanas internacionais de MBA e as do AESE Summer School para estudantes universitários têm captado uma percentagem relevante de estudantes de outras latitudes.
Como descreve o input que estes alunos estrangeiros trazem para a formação de executivos?
A presença de alunos estrangeiros enriquece a discussão em aula e é um grande desafio para os estudantes portugueses e para o corpo docente, na medida em que, por vezes, os leva a sair da sua zona de conforto e os estimula para o domínio de outros idiomas, de outras visões e conteúdos académicos.
Os últimos anos trouxeram alterações no tecido empresarial ao nível de diferentes exigências quanto às competências e ao surgimento de novas profissões. De que forma a AESE se tem adaptado a estas alterações?
Na AESE Business School procuramos desenvolver as capacidades de gestão numa perspectiva de direcção geral. Neste contexto temos feito estudos sobre o futuro do trabalho e as novas formas de organizar e liderar as pessoas e as organizações. Neste último ano, temos introduzido estas novas temáticas nos programas de longa duração e lançado novos Short Programs centrados em novos temas, com grande participação e bom feedback dos participantes.
Existem planos para a criação de novos programas para o próximo ano lectivo?
Estamos sempre atentos às oportunidades e às necessidades dos gestores e das empresas. Temos algumas áreas novas, para além dos programas core de aperfeiçoamento em gestão, nomeadamente na área da agroindústria e distribuição alimentar, empresas familiares, energia e saúde. E estamos abertos a que a nossa vasta Comunidade de Alumni da AESE Business School nos desafie a franquear novas fronteiras.