CATÓLICA-LISBON – Padrões elevados

«A Formação de Executivos irá evoluir fortemente no sentido de se tornar muito mais eficaz e garantir às empresas e participantes uma aplicação mais valiosa do seu tempo e dinheiro», considera Luís Cardoso, director da Católica- -Lisbon | Executive Education. Continuar a trabalhar a qualidade da oferta será o caminho, nomeadamente tendo em conta que há um número considerável de alunos estrangeiros.

Ao nível da formação de executivos, quais são os programas actualmente disponíveis para estes profissionais na Católica-Lisbon?

A oferta da Formação de Executivos da Católica- -Lisbon é bastante diversificada, com vários programas de Inscrição Aberta que são desenvolvidos para os profissionais que desejam aprofundar ou conhecer uma área específica.

Em paralelo, temos também os Programas Intraempresa, que são customizados e preparados especificamente para as necessidades concretas de qualquer empresa que nos procure.

Haverá novidades neste âmbito ainda este ano?

Enquanto escola de negócios líder em Portugal, a Católica-Lisbon tem desenvolvido um trabalho profundamente inovador. Nos últimos meses já lançámos, com grande sucesso, o Programa de Regulamentação Geral de Proteção de Dados; o Programa de Design Thinking for Business Innovation e o Programa Leading HR in to the Future, destinado a directores de Recursos Humanos, focado nos grandes desafios estratégicos que enfrentam. Esperam-se também mais novidades, que terão ref lexo no ano lectivo de 2018/2019.

Aproveito ainda para destacar como novidade interna de grande relevo a recente nomeação do novo Dean da Católica-Lisbon, Nuno Fernandes, nosso antigo aluno com uma carreira internacional de grande projecção no IMD, escola de referência a nível mundial. Trata-se do início de uma nova etapa, que trará à nossa escola renovada ambição e energia para enfrentar os desafios do seu crescente processo de internacionalização.

Quais são os principais desafios que se irão colocar à Formação de Executivos no futuro, tendo em consideração as alterações que o mercado de trabalho tem vindo a sofrer nos últimos anos?

 A Formação de Executivos irá evoluir fortemente no sentido de se tornar muito mais eficaz e garantir às empresas e participantes uma aplicação mais valiosa do seu tempo e dinheiro. Nessa perspectiva, irá reduzir- -se a componente de formação convencional, mais centrada no professor enquanto conhecedor dos temas, que os expõe transmitindo saber. Metodologias muito mais interactivas e inovadoras irão cada vez mais ter lugar por forma a garantir aplicação imediata de conhecimentos, como é o caso de simulações, role-playing, flipped classroom, blended e micro learning e gamification

A Católica-Lisbon tem um número interessante de participantes estrangeiros. Quais são as principais nacionalidades?

Portugal é, como sabemos, um país que reúne condições de excepção para a realização de eventos internacionais, designadamente em termos de segurança, clima, beleza natural, património histórico. Se somarmos a este atractivo contexto a existência de escolas portuguesas em posições de destaque nos Rankings Internacionais, o resultado natural é uma assinalável procura dos nossos programas. É o que sucede por exemplo com os Mestrados, onde neste momento 50% dos nossos alunos são estrangeiros. É o que sucede também na Formação de Executivos, em que temos um conjunto de parcerias com várias escolas internacionais de referência, programas com empresas internacionais, programas com grupos portugueses internacionalizados, envolvendo quadros portugueses e estrangeiros (que decorrem em Portugal ou fora de Portugal) e mesmo programas de inscrição aberta destinados a Executivos Internacionais. Em 2017, na Formação de Executivos, tivemos participantes oriundos de mais de 20 países, como os Estados Unidos da América, Brasil, China, Angola, Alemanha, Polónia, entre outros.

A Católica Lisbon School of Business and Economics foi a escola escolhida pela Web Summit para dar formação aos seus executivos de topo. Qual a importância para a escola deste tipo de parcerias?

“Leading in a fast-changing Environment” foi o programa elaborado pela Católica-Lisbon para responder às necessidades apontadas pela administração da Web Summit. Assim, e durante três dias intensivos, 25 gestores de topo da organização receberam formação em áreas como: Communicate to Motivate, Performance and People Management, Managing Difficult Conversations, Team Development and Coaching Skills, Leadership e Motivating Through Authentic Appreciation.

É para nós um enorme orgulho sermos escolhidos pela Web Summit para este desafio. É o reconhecimento da nossa projecção internacional e do papel que a nossa escola tem tido na formação de executivos de topo em todo o mundo.

Ao nível dos programas customizados, quais são, actualmente, as principais necessidades das empresas que vos procuram?

Os quadros das empresas que nos procuram salientam caracteristicamente, após terminar os seus programas, um grande alargamento de horizontes, que os habilita a identificarem melhor os caminhos a seguir.

É de facto muito interessante constatar que as empresas percebem cada vez mais a formação como sendo um investimento diferenciador e de elevado retorno, seja quando estão a investir nos seus próprios quadros, seja quando estão a investir nos gestores dos seus parceiros de negócio, na medida em que isso reforça a sua própria competitividade.

De referir também que a exigência de um retorno efectivo da formação por parte das empresas é cada vez maior, o que reforça a necessidade de respondermos de uma forma muito dedicada e rigorosa aos desafios que nos são colocados, aprofundando ainda mais a relação que temos com os nossos parceiros.

Há aumento da procura? E desde quando é que é mais visível?

O panorama da Formação de Executivos em Portugal é muito positivo. Tem-se verificado uma significativa evolução na qualidade e diversidade da oferta, quer nacional quer mesmo internacional. Nesse aspeto, o êxito nacional e internacional da Católica-Lisbon tem certamente contribuído para estimular e motivar outras escolas a conseguirem profissionalizar o seu trabalho e a elevarem os seus patamares de sofisticação e exigência.

O crescimento económico recente de Portugal esconde fragilidades importantes, que deverão ser encaradas com coragem e sentido de Estado. Em todo o caso, é um facto que se vive um clima mais positivo e confiante, o que tem vindo a ter ref lexos evidentes no comportamento das empresas. No que nos diz respeito, 2018 constituirá um ano de sucesso e sólido crescimento.

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