Acelerar o ritmo da inovação
Está focado em assumir um papel de liderança na produção de mobilidade sustentável. O grupo volkswagen vai investir mais do que qualquer outro na indústria para desenvolver este ecossistema – pelo menos assim o garante
A mobilidade eléctrica, com todos os serviços que lhe estão associados, é uma das bandeiras do Grupo Volkswagen, sendo o objectivo, em 2025, ter 25% da nova frota electrificada. «Uma marca que, através do seu forte know-how na construção de veículos quer ir mais além fornecendo também todos os serviços relacionados com a mobilidade sejam eles dentro ou fora das nossas viaturas, serviços que podem ir desde “car sharing”, serviços de parqueamento, serviços de entrega, venda online acessórios.
No fundo poder assegurar o que o utilizador hoje mais valoriza na mobilidade: tempo», esclarece Nuno Serra, Marketing manager da Volkswagen, ciente da particular atenção dada à utilização de recursos e às emissões geradas pelo portefólio de produtos e fábricas, para reduzir continuadamente a pegada ambiental. Por isso, há um compromisso diário em relação ao ambiente, à segurança e à sociedade.
Actualmente, a Volkswagen tem uma mão cheia de propostas híbridas e eléctricas, desde citadinos a familiares. Há modelos para todos os gostos e necessidades como é o caso do e-up, do e-golf, do Golf GTE, do Passat GTE e do Passat Variant GTE. A nova família de eléctricos da Volkswagen chega em 2020 à Europa e é a afirmação da marca neste território da electrificação. A marca está já a preparar a sua expansão da oferta no campo das motorizações sem emissões poluentes, um ciclo de produção e até mesmo de utilização totalmente “verde”.
O foco é claro no futuro da mobilidade eléctrica.
A nossa visão passa por acelerar o ritmo da inovação e estamos focados em assumir um papel de liderança na produção de mobilidade sustentável. Sabemos que novos tempos exigem novas formas de colaboração, por isso posicionamo-nos como uma marca que, através do seu forte know-how na construção de veículos quer ir mais além fornecendo também todos os serviços relacionados com a Mobilidade sejam eles dentro ou fora das nossas viaturas, serviços que podem ir desde “car sharing”, serviços de parqueamento, serviços de entrega, venda online acessórios. No fundo poder assegurar o que o utilizador hoje mais valoriza na mobilidade: tempo.
Qual é a estratégia nesta área?
Todos os dias assumimos a responsabilidade em relação ao ambiente, à segurança e à sociedade. Este sentido de responsabilidade guia-nos sempre nas acções que tomamos, e temos particular atenção à utilização de recursos e às emissões geradas pelo nosso portefólio de produtos e fábricas, para continuadamente conseguirmos reduzir a nossa pegada ambiental.
Um dos objectivo é ter 25% da frota electrificada em 2025. Que outros compromissos foram assumidos?
Para a Volkswagen, sustentabilidade significa perseguir objectivos económicos, sociais e ecológicos simultaneamente e com o mesmo nível de foco. O objectivo é criar valores duradouros, oferecer boas condições de trabalho e conservar os recursos e o meio ambiente. Com o conceito de sustentabilidade, queremos garantir que as oportunidades e os riscos associados às nossas actividades ambientais, sociais e de gestão sejam identificados o mais cedo possível em todas as etapas do processo de criação de valor. Em consonância com essa meta, acreditamos que as nossas actividades de responsabilidade social corporativa venham a ter um impacto duradouro e positivo no valor e na reputação da empresa.
Anunciou um plano de investimento de 70 mil milhões de euros, com que objectivos?
Este investimento do Grupo Volkswagen será canalizado para o desenvolvimento de uma extensa família de produtos, mas principalmente para a produção de baterias capazes de uma autonomia apelativa e de satisfazer as exigências das novas décadas. Comprámos baterias para cinquenta milhões de veículos, o que demonstra bem como as várias marcas do Grupo se preparam para expandir a oferta no campo das motorizações sem emissões poluentes. Tudo isso será possível através da plataforma modular eléctrica (MEB), criada do zero para servir de base para a nova família de modelos eléctricos, “ID.”.
São uma companhia verde?
O nosso negócio ainda está muito dependente de veículos com motor a combustão. Contudo, numa indústria onde as alternativas 100% eléctricas têm vindo a assumir um papel de destaque cada vez maior, o futuro das marcas passa necessariamente pelos modelos de “emissões zero”, e esse é o nosso objectivo, para, aí sim, sermos uma companhia mais verde. A nossa visão e estratégia é que o ciclo de produção e até mesmo de utilização possa ser totalmente “verde”.
Qual é o vosso modelo icónico do futuro da mobilidade urbana?
O Volkswagen ID. irá marcar o início de uma nova era: será o primeiro modelo com base na plataforma modular eléctrica (MEB). O ID. terá uma autonomia de até 550 quilómetros e o seu preço será comparável com o do actual Golf Diesel. Isso torna o carro eléctrico numa opção acessível para milhões de pessoas. Queremos lançar o ID. como um carro 100% neutro em emissões poluentes – isso aplica-se a todo o processo de produção.
Quais são os entraves à proliferação da mobilidade eléctrica?
A grande dificuldade é, no meu entender, a necessidade de termos cidades preparadas para receberem estes veículos. Actualmente ter um veículo movido a electricidade só é prático para quem tenha garagem ou parqueamento, porque na rede pública, apesar dos postos de carregamento estarem a aumentar, ainda há muitos pontos a melhorar. O tema do preço acredito que tenderá cada vez mais a não ser um entrave – ou pelo menos um dos principais – visto estarem a entrar no mercado opções bastante competitivas – como no caso do ID. que, na sua versão base custará o mesmo que o um Golf a combustão.
O sector está em transformação. O futuro passa por que movimentos?
O carro do futuro será um dispositivo móvel. Ele será a porta de entrada para um ecossistema de mobilidade, com três dimensões: dentro do carro, à volta do carro e multimodal, em interacção com outros sistemas de mobilidade. Já iniciámos desde 2016 um forte movimento no que respeita à conectividade dos utilizadores com a viatura.
O Grupo vai investir mais do que qualquer outro na indústria para desenvolver esse ecossistema. Os condutores das marcas do Grupo – e este será o cenário daqui a três ou quatro anos, segundo as tecnologias envolvidas – beneficiarão de total conectividade através do acesso à Internet dentro do automóvel, o qual comunicará com outros veículos.As actualizações de serviços e de produto serão feitas “over the air”, como nos nossos telemóveis. Um mundo novo de serviços aparecerá: actualização de dispositivos como o GPS, venda de opções… tudo descarregado à distância.
Um leque vasto de novas aplicações – a que os clientes das marcas poderão aceder em exclusivo através de um código ID. – será a base dessa nova oferta de serviços. Por fim, os sistemas de condução autónoma democratizar-se-ão com impactos insuspeitados na vida dos utilizadores – mais tempo livre – mas também com efeitos noutros sectores da economia, sobretudo ligados ao lazer.
Esta tem sido a nossa grande aposta. Alguns serviços existem já como o Car-Net da Volkswagen ou ainda o Volkswagen Connect que permite que qualquer Volkswagen com menos de oito anos transmita dados via uma app ao seu possuidor.