Brasil celebra hoje independência fortemente dividido e em tensão: apoiantes de Lula e Bolsonaro estarão separados por 2,5 km

Autoridades brasileiras montaram um forte dispositivo de segurança em Brasília

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Setembro 7, 2025
9:15

O Brasil celebra este domingo o Dia da Independência, em eventos marcados pela polarização política do país. Lula da Silva vai presidir ao desfile, sob o tema central “Brasil Soberano”, na Esplanada dos Ministérios. Por outro lado, à margem do julgamento do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que teve início no passado dia 2 por tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder após a derrota nas eleições presidenciais de 2022, vão decorrer ações de protesto em várias cidades, entre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

O ato mais significativo ocorrerá na Avenida Paulista, em São Paulo, onde a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outros políticos de destaque estarão presentes. Entre as autoridades confirmadas para o evento estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o autarca da capital, Ricardo Nunes. Os filhos de Bolsonaro, Carlos e Flávio, também não participarão do ato em São Paulo, mas estarão presentes na manifestação do Rio de Janeiro, que ocorrerá na Praia de Copacabana.

Esses atos refletem a mobilização contínua dos apoiantes de Bolsonaro, que se têm reunido em datas simbólicas para demonstrar apoio ao ex-presidente. A expectativa é de que os eventos atraiam um grande número de participantes, reforçando a presença política do ex-mandatário no cenário atual.

No entanto, temem-se confrontos: na manhã em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os chefes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal estiverem no desfile oficial, na Esplanada, bolsonaristas e esquerdistas estarão a 5 quilómetros. Os manifestantes de direita ficarão na Torre de TV, e os de esquerda, na Praça Zumbi dos Palmares — a distância entre os locais é de 2,5 quilómetros.

Este sábado, uma hora antes de o relógio virar e o calendário mudar para a data em que o país celebra o 203º ano da Independência, a Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes e vários outros espaços estratégicos de Brasília começarão a ser fechados pelas forças de segurança. Toda a movimentação pela capital passará a ser vigiada por drones e 1.300 câmaras monitoradas por 70 pessoas numa central da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

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