O BPI reportou lucros de 256 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2023, o que representa uma subida de 26% em comparação com o período homólogo do ano anterior. A atividade em Portugal contribuiu com 199 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 130%.
“O primeiro semestre fica marcado pela resiliência da economia portuguesa no ajustamento ao novo ciclo de política monetária. O BPI mantém uma posição financeira sólida e uma capitalização confortável, a par de um forte dinamismo comercial, que nos tem permitido ganhar quota de mercado no crédito às famílias e empresas e aumentar a rentabilidade”, diz João Pedro Oliveira e Costa, Presidente Executivo do BPI.
O executivo explicou ainda que “a robustez do balanço do Banco tem permitido reforçar significativamente a capacidade de investimento em tecnologia e inovação. O BPI vai continuar a apoiar a sociedade, uma vez que o atual ambiente económico continua a exigir uma atenção especial aos que estão verdadeiramente vulneráveis”.
De acordo com a informação disponibilizada pelo banco, registaram um crescimento homólogo de 4% no crédito, enquanto os depósitos de clientes diminuíram 4%, embora tenham recuperado no segundo trimestre. Revelam ainda que os proveitos da atividade comercial cresceram 50% o que, a par com um aumento de 13% dos custos e um custo do risco de 0.23%, se traduziu numa melhoria da rentabilidade dos capitais próprios tangíveis recorrentes em Portugal para 11.6%, ou seja, mais 5% do que nos últimos 12 meses.
O banco sublinha ainda que a carteira de crédito à habitação aumentou 5% para 14.4 mil milhões de euros, e que a contratação de habitação diminuiu 19% face ao período homólogo, alcançando cerca de 1.2 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2023 como consequência da menor procura de mercado. A taxa fixa representa 46% dos novos contratos de crédito habitação no primeiro semestre de 2023.
Já a carteira de crédito a empresas cresceu 2% para 11.2 mil milhões de euros. A quota de mercado no crédito a empresas subiu para 11%, e incluindo o crédito titulado esta sobe para 12.3%.
De acordo com o BPI, “o aumento do proveito da atividade comercial em Portugal impulsiona a rentabilidade do banco”. O produto bancário comercial registou um crescimento de 50% face ao primeiro semestre de 2022, situando-se nos 594 milhões de euros. A margem financeira cresceu 85% para 435 milhões de euros, refletindo a subida das taxas de juro de mercado e o crescimento do volume de crédito, sendo por outro lado penalizada pela subida do custo dos depósitos e das emissões de dívida (obrigações hipotecárias e de MREL).
Nos resultados, o banco revela ainda que os custos de estrutura aumentaram 13% em comparação com o mesmo período do ano passado, com os custos com pessoal a aumentarem 7, os gastos gerais administrativos a aumentarem 24%, refletindo os investimentos em novos projetos tecnológicos, e as depreciações e amortizações a aumentarem 5%.












