“Boas festas! Agora paguem 39%”: EUA ‘celebra’ dia nacional da Suíça com a tarifa mais elevada na Europa

Normalmente, a 1 de agosto, o país de 9 milhões de habitantes comemora a fundação da Confederação Suíça no ano de 1291. Assim como em 4 de julho nos EUA, as pessoas comemoram com fogos de artifício e desfiles

Francisco Laranjeira
Agosto 1, 2025
12:01

Os Estados Unidos impuseram um ‘duplo golpe’ à Suíça esta quinta-feira: se por um lado impuseram a tarifa mais elevada aplicada a qualquer país europeu (39%), por outro lado congratulou os suíços pelo dia nacional.

Esta sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, emitiu uma declaração na qual elogiou o “relacionamento forte e estável” entre as duas nações. “A nossa cooperação abrange as áreas de comércio, finanças e segurança, onde a liderança e confiabilidade suíças continuam a ter um impacto global”, frisou. “Desejamos ao povo suíço uma celebração bem-sucedida e significativa e esperamos continuar a colaboração nos próximos anos.”

Normalmente, a 1 de agosto, o país de 9 milhões de habitantes comemora a fundação da Confederação Suíça no ano de 1291. Assim como em 4 de julho nos EUA, as pessoas comemoram com fogos de artifício e desfiles.

A Suíça pode não estar em clima de festa este ano, depois de se ter saído muito pior do que a UE, que fechou um acordo de última hora com o presidente Donald Trump para fixar uma tarifa básica de 15%. O Reino Unido, por sua vez, paga 10%.

O Conselho Federal, o Governo coletivo do país, expressou “grande pesar pelo facto de que, apesar do progresso alcançado nas negociações bilaterais e da posição muito construtiva da Suíça desde o início, os EUA pretendem impor tarifas adicionais unilaterais às importações da Suíça”.

“A Suíça manteve e continua em contacto com as autoridades americanas relevantes. Continua à procura de uma solução negociada com os EUA que esteja de acordo com a legislação suíça e as suas obrigações perante o direito internacional.”

A nova tarifa suíça é ainda maior do que os 31% anunciados por Trump no “Dia da Libertação”, em abril. Vai entrar em vigor a 7 de agosto, deixando apenas uma semana para negociar um acordo menos prejudicial.

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