França vai ‘parar’ esta quarta-feira, na sequência de um movimento de protesto nacional que vai coincidir com várias greves, o que certamente trará perturbações generalizadas em muitos setores. O movimento de protesto dos cidadãos ‘Bloquons tout’ [‘Bloqueiem tudo’] convocou protestos em todo o país para esta quarta-feira devido aos planos orçamentais de 2026 do ex-primeiro-ministro François Bayrou, que viu o seu Governo cair esta segunda-feira no Parlamento francês.
O movimento popular previsto para hoje faz lembrar os ‘coletes amarelos’, embora com algumas diferenças importantes, como a escolha de um dia da semana para a ação de protesto, ao contrário dos sábados escolhidos pelos manifestantes de colete amarelo.
Vários sindicatos, incluindo a CGT e a Solidaires, confirmaram que apoiariam a ação, servindo de veículo para moções de greve para aqueles que desejam protestar hoje. Outros grupos sindicais, sobretudo no setor dos transportes, também convocaram greves. Estão a ser planeados protestos em cidades e vilas por toda a França, muitos organizados através das redes sociais, outros apoiados por sindicatos.
O número de pessoas que planeiam participar em protestos civis é desconhecido. As estimativas sugerem que pelo menos 100.000 pessoas participarão em manifestações em toda a França, sem contar com aqueles que deixarão os seus empregos no âmbito da greve.
Várias empresas estão a recomendar que os colaboradores trabalhem em casa durante o dia para minimizar os atrasos nas viagens. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, garantiu que serão mobilizados 80 mil polícias e que o Estado não tolerará “nenhum bloqueio nem violência”.
No geral, esta quarta-feira prevê-se um dia de perturbação significativa — numa altura em que França está sem Governo — e apenas oito dias antes de uma grande greve a 18 de setembro, apoiada pelos oito maiores sindicatos de França.














