Esqueça a imagem clássica do génio trancado em casa, cercado de livros e a trabalhar sem parar. Para o neurocientista Joseph Jebelli, a verdadeira característica das pessoas mais inteligentes, como Bill Gates ou Leonardo da Vinci, não está em um alto QI, mas na capacidade de saber quando é hora de fazer uma pausa.
Estudos recentes mostram que hábitos como o descanso estratégico e a solidão voluntária podem ser decisivos para a criatividade e a resolução de problemas complexos. Segundo Jebelli, momentos de introspeção permitem que o cérebro entre em um estado chamado “rede padrão”, onde ideias são conectadas, reorganizadas e novas associações surgem, revela o ‘Computer Hoy’.
Bill Gates, por exemplo, realizava duas vezes por ano a chamada “Semana do Pensamento”, isolando-se numa cabana com livros para refletir, ler e definir estratégias, práticas que influenciaram lançamentos importantes da Microsoft. Leonardo da Vinci também aplicava essa abordagem, observando detalhes durante horas antes de adicionar pinceladas nas suas obras.
O especialista afirma que não é necessário isolar-se por semanas para beneficiar dessa prática. Pequenas rotinas diárias de introspeção, caminhadas, meditação ou atividades como jardinagem podem estimular a criatividade e o bem-estar mental. O segredo é equilibrar momentos de interação social com períodos de reflexão silenciosa, permitindo que o cérebro “trabalhe em segundo plano”.
Para Jebelli, a superinteligência não se mede apenas pelo QI. Criar condições para o funcionamento ideal da mente, incluindo pausas e solidão produtiva, pode superar vantagens genéticas e desafiar a cultura da hiperatividade.














