As primeiras investigações sobre a turbulência severa que atingiu um voo da Singapore Airlines na última terça-feira revelam que ele caiu cerca de 54 metros em 4,6 segundos: recorde-se que a turbulência no voo Londres-Singapura causou a morte de um passageiro britânico, com dezenas feridos, tendo sido obrigado a desviar para a Tailândia.
Os investigadores de Singapura já extraíram dados armazenados no gravador de dados de voo e no gravador de voz da cabina do avião: as descobertas preliminares do ‘Transport Safety Investigation Bureau’ (TSIB) revelaram rápidas mudanças na força gravitacional (G) e na queda de altitude – uma distância quase equivalente à altura da Torre Inclinada de Pisa, em Itália – que provavelmente feriram aqueles que não usavam cintos de segurança.
De acordo com os investigadores, o voo operou normalmente até sobrevoar uma área de “atividade convectiva em desenvolvimento” ao passar sobre o sul de Mianmar a 11.300 m. “As rápidas mudanças em G ao longo dos 4,6 segundos resultaram numa queda de altitude de 178 pés (54 m), de 37.362 pés para 37.184 pés”, aponta o relatório do TSIB. “Essa sequência de eventos provavelmente causou ferimentos à tripulação e aos passageiros. Depois os pilotos foram informados pela tripulação de cabina que havia passageiros feridos e foi tomada a decisão de desviar para o Aeroporto Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia.”
Aproximadamente 17 minutos após o evento de turbulência, os pilotos conseguiram fazer uma “descida controlada de 37 mil pés”, salienta o relatório, acrescentando que o avião não encontrou qualquer turbulência mais severa durante o seu desvio para Bangkok.
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