As portagens nas duas principais travessias rodoviárias sobre o Tejo, a ponte 25 de Abril e a ponte Vasco da Gama, vão ficar mais caras já no início de 2026. De acordo com as estimativas atuais, os valores pagos pelos automobilistas poderão subir em média 2,38%, o que representa um agravamento entre cinco e dez cêntimos por passagem, dependendo da classe de veículo.
Segundo explica o Negócios, atualização das tarifas resulta da variação homóloga da inflação sem habitação registada em setembro, mês de referência para a concessão da Lusoponte, que gere as duas infraestruturas. Segundo a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação fixou-se em 2,28% nesse mês. A este valor acresce ainda um adicional de 0,1%, previsto por lei, o que eleva o aumento total a 2,38%. A leitura final do INE, a divulgar em outubro, determinará os valores definitivos.
O acréscimo de 0,1% resulta de um mecanismo criado em 2022, através de Decreto-Lei, que estabeleceu um regime excecional de atualização das portagens no ano de 2023. Nesse período, devido à escalada da inflação, foi acionado um travão que impediu subidas muito acentuadas, mas permitiu às concessionárias recuperar parte dessa diferença nos anos seguintes. Assim, em 2026, a atualização é feita com base na inflação e com a adição desta compensação extraordinária.
Atualmente, atravessar a ponte 25 de Abril na Classe 1, referente a veículos ligeiros, tem um custo de 2,15 euros. Já na ponte Vasco da Gama, a mais extensa da Europa, o preço a pagar é de 3,30 euros. Com a aplicação da nova atualização, estes valores deverão ser revistos em alta, uma vez que os aumentos são sempre arredondados em múltiplos de cinco cêntimos.
A Lusoponte será responsável por propor os novos preços ainda durante o mês de dezembro, após a confirmação dos dados definitivos da inflação. Caso se mantenham os valores da estimativa do INE, as portagens terão um acréscimo entre cinco e dez cêntimos, a aplicar a partir de 1 de janeiro de 2026. Esta atualização afetará diariamente milhares de automobilistas que utilizam as duas travessias para entrar e sair da capital.
