Após três meses de greve, os argumentistas vão reunir-se esta sexta-feira com representantes dos grandes estúdios de cinema: de acordo com a ‘Writers Guild of America’, a reunião com a ‘Alliance of Motion Picture and Television Producers’ visa retomar as negociações entre as partes.
A AMPTP representa os principais estúdios de Hollywood, como Netflix, Warner Bros, NBCUniversal, Paramount, Apple, Amazon, entre outros.
Em comunicado da WGA, foi confirmado que os chefes de negociações dos dois lados vão reunir-se para verificar se é possível dar continuidade às negociações nos dias seguintes. “A AMPTP, através da Carol Lombardini, entrou em contacto com o WGA, pedindo uma reunião para conversar sobre o futuro das negociações”, leu-se no comunicado.
O WGA está em greve desde 1 de maio – já a dos atores teve início em meados de julho, tendo avançado depois de nenhum destes sindicatos ter conseguido renovar os seus acordos coletivos com a AMPTP.
Esta é a primeira vez desde 1960 que os sindicatos que representam os argumentistas e atores entram em greve ao mesmo tempo.
Os atores exigem melhorias salariais, um ajuste dos pagamentos que recebem por retransmissões das suas produções, bem como a regulamentação do uso da inteligência artificial na indústria.
Um dos pontos de desencontro entre os sindicatos e os estúdios são os chamados pagamentos “residuais”, feitos sempre que as plataformas transmitem uma produção na qual participaram. Para os atores, a fórmula deve considerar a popularidade das produções na hora de realizar a compensação. Assim, um programa com maior audiência geraria mais pagamentos residuais. Mas as plataformas de streaming, como Netflix e Disney+, mantêm sob sete chaves as estatísticas de visualização, e oferecem a mesma tarifa por tudo o que transmitem, independentemente da popularidade.













