Israel garantiu, esta quarta-feira, que “agiria contra os seus inimigos em todo o lado”, na sequência do ataque à liderança política do Hamas no Qatar, o que mereceu a condenação internacional generalizada. Até Donald Trump, férreo aliado de Benjamin Netanyahu, indicou estar “muito descontente com todos os aspetos” do ataque desta terça-feira ao Qatar, um importante aliado regional dos EUA, que mataram seis pessoas e intensificaram drasticamente o conflito de Telavive com o grupo militante palestiniano.
v. “A política de segurança de Israel é clara – o longo braço de Israel agirá contra os seus inimigos em todo o lado”, apontou. “Não há lugar para eles se esconderem.”
Segundo uma autoridade israelita, entre os indivíduos visados pelo ataque estavam Khalil al-Hayya, o principal negociador do grupo, e Zaher Jabarin, um membro sénior do seu gabinete político.
A Casa Branca afirmou ter informado o Qatar sobre o ataque iminente depois de ter sido informada pelo exército americano, embora sem dizer que tinha sido avisada por Israel. “Esta foi uma decisão tomada pelo primeiro-ministro Netanyahu, não foi uma decisão tomada por mim”, disse Trump numa publicação nas redes sociais.
A Casa Branca, que tem trabalhado num cessar-fogo em Gaza juntamente com o Qatar, afirmou: “Bombardear unilateralmente dentro do Qatar, uma nação soberana e aliada próxima dos Estados Unidos que está a trabalhar arduamente para corajosamente correr riscos connosco para negociar a paz, não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos.”
O Qatar, que acolhe a liderança política do Hamas há mais de uma década, condenou o “ataque cobarde” nos termos mais fortes e disse que só recebeu o aviso dos EUA quando os ataques foram realizados.
O relatório afirmou que os ataques, que visaram edifícios residenciais que albergavam membros do gabinete político do Hamas, mataram um oficial das suas forças de segurança interna e feriram vários outros.














