“Alexei foi assassinado”: víuva de Navalvy garante que testes independentes confirmaram que inimigo de Putin foi envenenado

Alexei Navalny, de 47 anos, morreu subitamente em fevereiro de 2024 na prisão acima do Círculo Polar Ártico, privando a oposição russa do seu líder mais carismático

Francisco Laranjeira
Setembro 17, 2025
14:38

Yulia Navalnaya, viúva do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny, avançou esta quarta-feira que os testes de laboratório estrangeiros de amostras biológicas obtidas do seu marido confirmaram que este foi envenenado.

“Há um ano e meio, prometi que faríamos tudo para investigar o assassinato de Alexei… Recolhemos cada fragmento de informação”, disse Navalnaya.

“Em fevereiro de 2024, conseguimos obter e transferir com segurança amostras biológicas de Alexei para o exterior. Laboratórios em dois países testaram essas amostras de forma independente. Esses laboratórios, em dois países diferentes, chegaram à mesma conclusão: Alexei foi morto. Mais especificamente, ele foi envenenado”, garantiu.

Alexei Navalny, de 47 anos, morreu subitamente em fevereiro de 2024 na prisão acima do Círculo Polar Ártico, privando a oposição russa do seu líder mais carismático. O opositor de Putin cumpria uma pena de mais de 30 anos de prisão por acusações denunciadas como politicamente motivadas para ‘abafar’ as suas críticas ao presidente russo, Vladimir Putin.

Durante quase uma década, Navalny foi o crítico doméstico mais persistente de Putin. Em agosto de 2020, foi colocado em coma induzido após ser envenenado com o agente nervoso Novichok — um ataque que os seus apoiantes alegaram ter sido patrocinado pelo Kremlin. Recuperou na Alemanha, mas quando regressou a Moscovo em 2021, foi imediatamente preso pelas autoridades russas.

No ano passado, Navalnaya rejeitou as alegações dos investigadores russos de que Navalny morreu de uma “combinação de doenças”, insistindo que pressionaria por uma investigação criminal sobre o que considerou o assassinato do seu marido.

Navalnaya repetiu que considera Putin responsável pela morte do seu marido e exigiu que os laboratórios divulgassem as suas descobertas sobre o que ela chamou de “verdade inconveniente”. “Esses resultados são de importância pública e devem ser publicados. Todos nós merecemos saber a verdade”, concluiu.

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