Testes mais rápidos podem ser decisivos para travar segunda vaga da pandemia, diz especialista
Os testes de despiste ao novo coronavírus devem ser realizados numa «questão de horas e não de dias» para evitar uma segunda vaga da pandemia, alertou David Heymann, especialista em doenças infecciosas, em declarações ao jornal “The Independent”.
Heymann defendeu que uma segunda vaga, ou um ressurgimento do vírus, não é «inevitável» e pode ser travada. De acordo com o especialista, que ajudou no combate ao surto de SARS em 2003, o diagnóstico rápido, o rastreio dos contactos, a quarentena e o isolamento dos doentes poderão interromper a cadeia de transmissão do vírus. Outra forma de travar o vírus é acompanhar de perto diferentes sectores ou localidades.
«Uma segunda vaga não é inevitável se países, como o Reino Unido, começarem a rastrear os contactos necessários para detectar doentes e a avaliar os seus contactos», afirmou.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infectou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa “France-Presse”, a partir de dados oficiais.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.