Adiamento do desconfinamento na região de Lisboa com sinais «muito positivos», diz Mariana Vieira da Silva
Mariana Vieira da Silva, ministra do Estado e da Presidência, afirmou esta quinta-feira, numa entrevista ao podcast do PS “Política com Palavra”, que o adiamento do calendário de desconfinamento na região de Lisboa e Vale do Tejo tem vindo a mostrar sinais «muitos positivos».
A ministra destacou uma descida «muito significativa» do número de doentes internados e em cuidados intensivos. «É uma situação que temos de ir acompanhando», mas «não é preocupante no que diz respeito à utilização do SNS», assegurou.
Questionada sobre se os números de novos contágios podem resultar no prolongamento das restrições, Mariana Vieira da Silva apontou que, nos últimos dias, foram feitos «alguns milhares de testes», cujos resultados serão conhecidos «nas próximas horas».
Para já, está a ser feita uma testagem que «até vai além dos critérios de saúde pública». «Percebemos que tínhamos casos em obras de construção civil, em empresas que recorrem a trabalho temporário (…) e, junto com os operadores económicos destas áreas, estamos a procurar estes grupos muitos alargados e é provável que encontremos casos», referiu.
Mariana Vieira da Silva destacou que «Portugal é um dos países que mais testa na Europa» – cerca de mais 30% do que alguns dos países que atravessaram crises «severas» de Covid-19.
Portugal, recorde-se, regista já 33.216 casos de infecção pelo novo coronavírus e 1.447 vítimas mortais, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A 3 de Maio, Portugal entrou em situação de calamidade devido à pandemia, prolongada até 14 de Junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias “France-Presse”, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 385 mil mortos e infectou mais de 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*Notícia actualizada às 10:41