No seguimento da revelação do caso de uma criança nepalesa de 9 anos que foi agredida numa escola em Lisboa, a ministra da Administração Interna Margarida Blasco assegurou esta terça-feira que o policiamento nos estabelecimentos de ensino será reforçado, de forma a prevenir este e outros tipos de crimes de ódio.
A governante indicou que o ministério que tutela irá trabalhar com os da Saúde e Educação de forma a evitar situações como esta “que todos os portugueses lastimam”.
“Vamos reforçar quer o policiamento nas escolas, quer o policiamento de proximidade”, indicou Margarida Blasco, explicando que se trata de “uma primeira fase” para responder a estas situações, através da criação também de “programas mais céleres, mais eficazes”.
Ana Mansoa, diretora executiva do Centro Padre Alves Correia (CEPAC), contou à Renascença que um menino nepalês, de apenas nove anos foi alvo de um “linchamento” por parte de colegas na escola.
A responsável conta: “O filho de uma senhora acompanhada pelo CEPAC, que tem nove anos, e que é uma criança nepalesa, foi vítima de linchamento no contexto escolar por parte dos colegas. Foi filmado e divulgado nos grupos do WhatsApp das crianças”.
O incidente, ocorrido aproximadamente há dois meses, deixou não apenas marcas físicas, mas também cicatrizes emocionais profundas na vítima e sua família. O menino ficou com “hematomas pelo corpo todo” e “feridas abertas”, que foram tratadas pela mãe, que temeu procurar ajuda médica, e também não apresentou queixa à polícia, por “medo” e temendo represálias.














