Ministra do Trabalho acusa provedora da Santa Casa de “total inação”: “Houve negligência grave”
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social não poupa críticas à provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Em entrevista à RTP, esta terça-feira, Maria do Rosário Ramalho acusa Ana Jorge de não ter feito “nada” para resolver a situação difícil daquela instituição.
A responsável garante que a saída da provedora não se tratou de um “saneamento político”, como diz a oposição, mas sim de uma demissão “por razões absolutamente de gestão”.
E explica: “Não teve nada a ver com o perfil da senhora provedora, que eu muito prezo (…), mas sim com a convicção que o gabinete e o Governo foram formando de que ela não tinha capacidade e não possuía as qualidades necessárias”.
Maria do Rosário Ramalho declarou que, quando o Governo tomou posse, encontrou na Santa Casa uma “situação muito difícil”: “A senhora provedora foi imediatamente chamada (…) mas não evidenciou nenhum sentido de urgência relativamente à situação que se vivia”.
Diz ainda que “não havia um plano de restruturação” e sublinha: Houve “negligência grave por total inação (…) [A provedora] não fez nada (…)”.
À RTP, a ministra acusou ainda a Mesa e a provedora de se terem beneficiado “a si próprios” e àqueles que gerem a Santa Casa. “Não beneficiaram de todo as pessoas que estão na operação”, muitas delas a receber perto do salário mínimo, argumentou.
A governante diz ter perdido “absolutamente” a confiança na provedora e revela que ofereceu a Ana Jorge e à restante mesa a possibilidade de se demitirem, mas como tal não aconteceu, foi necessária a exoneração.