BCE deve parar com as subidas das taxas de juro. O que dizem os economistas?
Na próxima quinta-feira, 14 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) terá a sua reunião de política monetária, onde é ainda incerto quais as decisões e soluções que serão apresentadas e divulgadas pela presidente Christine Lagarde.
No entanto, de acordo com os economistas consultados pela Reuters, o regulador europeu deve manter as taxas de juro estáveis, e pouco menos da metade espera mais um aumento neste ano para reduzir a inflação.
Apesar de Lagarde ter admitido a possibilidade de uma paragem na subida das taxas de juro, a inflação inalterada em 5,3% em agosto, bem acima da meta de 2% do BCE, e com as pressões subjacentes sobre os preços a reduzirem apenas ligeiramente, colocam um grande ponto de interrogação na decisão do regulador.
De acordo com a pesquisa da Reuters, 39 dos 69 economistas não prevê qualquer mudança na reunião de dia 14, e 30 economistas acreditam que o BCE vai subir as taxas de juro em mais 25 pontos, base, para 4%.
Se se concretizar, isso levaria a taxa de depósito ao seu nível mais elevado desde a sua criação, em 1999.
Os economistas ficaram quase igualmente divididos sobre o que pode acontecer após a reunião de setembro. 36 dos 69 entrevistados previram que a taxa base deve terminar o ano nos 3,75% e 33 disseram 4,00%.
A margem para o BCE aumentar novamente as taxas de juro está a diminuir à medida que cresce a ameaça de uma recessão. Grandes economias como a Alemanha e os Países Baixos já caíram numa recessão e a maioria das outras quase não cresceu ou contraiu-se.