Serão quase 8 mil os professores que se vão vincular este ano, e estes profissionais verão um aumento entre 350 e 478 euros brutos no salário mensal, segundo as contas do Ministério da Educação.
O anúncio do balanço das candidaturas ao processo de vinculação foi feito pelo ministro da Educação João Costa, que explicou que foram publicadas hoje as listas definitivas de uma “medida fundamental”
“Só este ano, com a vinculação dinâmica e com a ‘norma-travão’, deixarão de estar em contratos precários 7983 professores, cerca de 2400 pela ‘norma-travão’, e na vinculação dinâmica 5600 professores.”, indicou o governante.
Assinalando que á a “maior vinculação dos últimos 18 anos” no setor da educação, chegando a ser “mais do dobro” do registado em anos de pico, como “2005, 20006, 2017 ou 2018”, João Costa destacou que este avanço na carreira dos professores representará também um “reposicionamento em termos salariais”.
“Os aumentos podem chegar a 358 euros brutos por mês, se cumprido o requisito sobre aulas observadas, o aumento mensal pode chegar ao 478 euros”, sublinhou o ministro da Educação.
Considerando ser uma “etapa importante do processo de valorização da carreira dos professores”, e com efeitos “na atratividade da profissão para os jovens”, o ministro desvalorizou que não tenham sido preenchidas dotas as vagas.
Recorde-se que as associações sindicais criticavam a existência de vagas para a vinculação, com o Governo a disponibilizar 10500 lugares. De acordo com as contas do Ministério da Educação hoje apresentadas, mais de 2500 vagas para a vinculação ficaram por preencher.
“Criámos a possibilidade para 20500 professores, e alguns optaram por não concorrer, e prefeririam seguir por via da norma transitória. è um processo dinâmico, a partir deste ano, sempre que reúna os requisitos, o professor poerá, se assim desejar, vincular-se. Claro que há sempre opções naturais…”, justificou o ministro João Costa, que prometeu: “Nos próximo anos vamos ter mais vagas disponíveis, porque cada vez mais professores vão querer ver a sua situação atualizada”.
O Secretário de Estado da Educação António Leite, que também participou na conferência de imprensa, desvalorizou que o facto de as vagas terem ficado por preencher poder significar que que vão haver professores em falta no início dom ano letivo.
“No ano passado tivemos um boa colocação inicial de professores, em agosto tínhamos 98% das necessidades providas”, assinalou, referindo mais “27 mil professores a concorrer” para centros de recrutamento. “Não prevemos que haja qualquer dificuldade desse tipo. Os professores que não preencheram as vagas não foram para outro planeta, estarão como contratados, nas nossas escolas, em setembro”; garantiu.
Logo pós a conferência de imprensa do Ministério da Educação, a Fenprof agendou uma reação para esta terça-feira à Tarde, em Coimbra. A estrutura sindical de professores critica “muitos milhares” de docentes que continuam “sem vaga para vincularem, apesar de já terem mais de 3 anos de serviço”.














